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SAÚDE

Associação dos Médicos Cubanos no Brasil repudia sanções dos EUA e defende o Mais Médicos

Aspromed manifesta apoio à cooperação Cuba-Brasil e refuta alegações sobre trabalho forçado no programa de saúde

15 agosto 2025 - 20h15Agência Brasil
Associação dos Médicos Cubanos no Brasil repudia sanções dos EUA e defende o Mais Médicos
Associação dos Médicos Cubanos no Brasil repudia sanções dos EUA e defende o Mais Médicos - (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A Associação dos Médicos Cubanos no Brasil (Aspromed) repudiou as sanções do governo dos Estados Unidos contra gestores públicos envolvidos na implementação do programa Mais Médicos, além de reafirmar seu apoio à cooperação entre Cuba e Brasil na área da saúde.

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Na última semana, o Departamento de Estado dos Estados Unidos revogou os vistos de funcionários do governo brasileiro que atuaram no programa. Entre os afetados estão Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais e atual coordenador-geral para COP30. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e seus familiares também foram alvo das sanções.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, alegou que os servidores brasileiros teriam colaborado com um "esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano" por meio do Mais Médicos.

Em resposta, a Aspromed destacou que o Mais Médicos foi uma política pública fundamental para garantir o direito à saúde de toda a população, especialmente das comunidades de baixa renda em áreas mais remotas e menos assistidas do Brasil. A associação defendeu ainda que os médicos cubanos que permanecem no Brasil o fazem por livre escolha e, muitos deles, já naturalizados, têm profundas conexões com o país.

“Muitos dos nossos profissionais, com famílias brasileiras e vínculos afetivos com o Brasil, continuarão a trabalhar com dedicação em comunidades carentes, levando cuidados médicos a regiões distantes e com difíceis condições de vida”, afirmou a nota da Aspromed.

A associação também ressaltou que, durante sua atuação no Mais Médicos, cerca de 18 mil médicos cubanos realizaram 63 milhões de atendimentos, contribuindo para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), um dos maiores sistemas de saúde pública e universal do mundo.

O convênio entre Cuba e Brasil no programa foi encerrado em 2018, mas, segundo estimativas da Aspromed, cerca de 2,5 mil médicos decidiram permanecer no país. No auge do programa, ele foi crucial para levar assistência a pequenas cidades, áreas indígenas e periferias das grandes metrópoles, onde a presença de profissionais de saúde era historicamente escassa.

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