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20 de dezembro de 2025 - 17h38
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SAÚDE PÚBLICA

Anvisa alerta para risco de canetas emagrecedoras falsas e uso sem orientação médica

Alta procura por medicamentos como Ozempic e Mounjaro impulsiona mercado ilegal e expõe consumidores a riscos graves

20 dezembro 2025 - 15h30
Anvisa alerta para riscos do uso de canetas emagrecedoras falsas e sem prescrição médica.
Anvisa alerta para riscos do uso de canetas emagrecedoras falsas e sem prescrição médica. - (Foto: Imagem ilustrativa/A Crítica)

Popularizadas por influenciadores digitais e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Ozempic e Mounjaro, passaram a ser procuradas por pessoas que buscam emagrecimento rápido, muitas vezes sem acompanhamento médico e fora dos critérios indicados para o uso desses medicamentos. O crescimento dessa demanda tem acendido um sinal de alerta nas autoridades de saúde.

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Diante do avanço do consumo indiscriminado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre a compra e o uso desses produtos, especialmente versões falsificadas ou de origem desconhecida. Segundo o órgão, a comercialização de canetas emagrecedoras falsas representa um sério risco à saúde e configura crime no Brasil.

A Anvisa reforça que esses medicamentos só podem ser vendidos mediante apresentação e retenção de receita médica, conforme determina a legislação sanitária. Ainda assim, anúncios clandestinos em redes sociais e aplicativos de mensagens têm facilitado o acesso a produtos irregulares, muitas vezes sem qualquer controle de procedência.

A farmacêutica Natally Rosa chama a atenção para os perigos do uso de versões manipuladas ou adquiridas fora dos canais oficiais. Segundo ela, a exposição a medicamentos que não seguem as normas de fabricação e comercialização amplia consideravelmente os riscos ao paciente.

“Uma pessoa que se submete ao uso de um medicamento fora dessas regulamentações tem os riscos claramente exacerbados, desde a ausência de uma resposta terapêutica adequada até a presença de contaminantes”, alerta a especialista.

De acordo com Natally, existem sinais importantes que ajudam o consumidor a identificar se o produto é autêntico. O primeiro ponto de atenção é a embalagem. As informações precisam estar completas, legíveis e de acordo com as exigências brasileiras.

“A própria embalagem já chama a atenção. As bulas são de fácil acesso na internet, então é preciso observar a apresentação física, o rótulo e o idioma. Ele deve estar em português. É fundamental verificar se há número de lote e validade visíveis, além da descrição clara do princípio ativo”, explica.

Outro fator que deve acender o alerta é o preço. Valores muito abaixo dos praticados no mercado costumam indicar produtos falsificados ou contrabandeados. A Anvisa reforça que não existem “ofertas milagrosas” quando se trata de medicamentos de alto custo e uso controlado.

Além dos riscos sanitários, o consumo sem orientação médica pode provocar efeitos colaterais importantes, como náuseas intensas, vômitos, hipoglicemia e complicações gastrointestinais. O uso inadequado também pode mascarar problemas de saúde que exigiriam acompanhamento específico.

Nos últimos meses, operações da Polícia Federal e de órgãos de fiscalização têm desarticulado esquemas criminosos envolvidos na venda clandestina dessas canetas, o que reforça a dimensão do problema. A Anvisa orienta que qualquer suspeita de produto irregular seja denunciada e que o consumidor sempre procure orientação de um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento para emagrecimento.

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