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13 de outubro de 2025 - 19h54
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INTERNACIONAL

Zelenski vai aos EUA discutir envio de mísseis de longo alcance e reforço na defesa aérea

Presidente ucraniano pode se encontrar com Trump na sexta; Rússia reage com "extrema preocupação" ao possível fornecimento dos mísseis Tomahawk

13 outubro 2025 - 16h45Redação O Estado de S. Paulo*
Zelenski afirmou que defesa aérea e mísseis de longo alcance são prioridade máxima da visita aos EUA
Zelenski afirmou que defesa aérea e mísseis de longo alcance são "prioridade máxima" da visita aos EUA - Foto: AFP

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, anunciou nesta segunda-feira, 13, que viajará aos Estados Unidos ainda nesta semana para discutir o fornecimento de armas de longo alcance com autoridades norte-americanas, incluindo uma possível reunião com o presidente Donald Trump.

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Em conversa com a imprensa após se reunir com a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, Zelenski afirmou que os temas principais da visita serão a ampliação da defesa aérea da Ucrânia e o acesso a mísseis de longo alcance, como os Tomahawk, que poderiam atingir alvos mais profundos dentro da Rússia.

A viagem ocorre após uma ligação "produtiva" entre Zelenski e Trump no último domingo. Segundo o líder ucraniano, Trump teria alertado Moscou sobre a possibilidade de envio dos mísseis caso a guerra não seja encerrada em breve.

A visita também incluirá encontros com empresários dos setores de energia e defesa, além de membros do Congresso dos EUA. A primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, já está em Washington com parte da delegação oficial ucraniana.

A Rússia reagiu com preocupação ao movimento. O presidente Vladimir Putin advertiu que o fornecimento de mísseis de longo alcance pelos EUA à Ucrânia teria consequências graves nas já frágeis relações entre Moscou e Washington.

A pressão por ajuda militar e energética ocorre em meio à intensificação dos bombardeios russos contra a infraestrutura crítica da Ucrânia, incluindo redes de eletricidade e gás. Nesta segunda-feira, drones e mísseis atingiram regiões como Odessa e Chernihiv, provocando pelo menos uma morte, segundo autoridades locais.

A diplomata da UE, Kaja Kallas, defendeu o apoio contínuo à Ucrânia e sinalizou que a resistência de países como a Hungria a novas sanções contra a Rússia deverá ser superada. "Somos 27 democracias, os debates levam tempo, mas tenho certeza de que, como antes, chegaremos a uma decisão", afirmou.

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