
Postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul estão no centro de uma polêmica após denúncia de que não estariam repassando aos consumidores as recentes reduções no preço do diesel e da gasolina. A acusação foi feita pelo deputado estadual Zeca do PT, durante sessão na Assembleia Legislativa, e inclui pedido formal de investigação por parte dos órgãos de defesa do consumidor e autoridades estaduais.

Segundo o parlamentar, a prática pode estar gerando lucro indevido aos donos de postos, estimado em até R$ 220 mil por dia — o que representa R$ 6,6 milhões mensais. “É urgente que se apure essa conduta que penaliza diretamente a população”, declarou o deputado, ao destacar a gravidade das denúncias divulgadas por veículos de imprensa locais.
Pedido de apuração e reação de autoridades - Zeca formalizou o pedido de investigação à Polícia Civil, incluindo o delegado-geral Lupérsio Degerone Lucio e o titular da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), Reginaldo Salomão. Também foram acionados o Procon-MS e a Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O foco da cobrança é identificar se há prática deliberada de retenção dos reajustes promovidos pela Petrobras e, caso confirmado, aplicar as devidas sanções.
Além do pedido formal de investigação, o deputado propôs a realização de uma audiência pública com participação do Governo do Estado, Ministério Público, Judiciário, ANP e entidades de defesa do consumidor. A proposta será encaminhada pela Comissão dos Direitos do Consumidor da Casa.
"Queremos um debate amplo para garantir que a população não continue sendo prejudicada", afirmou Zeca, que também já ocupou o cargo de governador de Mato Grosso do Sul. Ele reiterou que a atuação da Assembleia deve ser firme na fiscalização das práticas comerciais que afetam diretamente o bolso dos sul-mato-grossenses.
O preço dos combustíveis tem sido um dos principais pontos de atenção no custo de vida das famílias brasileiras. Apesar das reduções recentes anunciadas pela Petrobras, consumidores relatam que os valores nas bombas seguem praticamente inalterados em muitas cidades do Estado.
