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Em entrevista concedida nesta quinta-feira (1º) ao Poder 360º, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB) destacou avanços na construção da Rota Bioceânica, além de temas atuais, como as questões relacionadas ao marco temporal e invasões do MST no Estado.
O governador Eduardo Riedel discutiu os avanços na construção da rota oceânica que ligará o Oceano Atlântico ao Pacífico, destacando a importância desse empreendimento para o comércio e a integração entre os países.
“A construção da rota oceânica está avançando positivamente. A ponte que ligará o Paraguai ao Brasil está sendo construída e estará pronta em breve. Além disso, estamos buscando o acesso à rodovia BR-2007, que é fundamental para concretizar essa rota. O governo federal compreende a importância dessa rota e estamos otimistas com seu desenvolvimento”, explicou.
Riedel destacou a atenção que o Governo Federal vem dando. “Temos tido um diálogo produtivo com o presidente para avançar nessa pauta, além de discutir outros investimentos em infraestrutura, como rodovias federais e a Malha Oeste. O MS está crescendo acima da média brasileira, e é urgente investir em infraestrutura para sustentar esse desenvolvimento”, ressalta.
Sobre os impactos que a conclusão da Rota irá proporcionar para MS, o governador detalha que isso irá ter um impacto significativo na produção do agronegócio brasileiro. “A rota oceânica proporcionará uma conexão mais rápida e eficiente com os portos do Chile, reduzindo o tempo de transporte para a Ásia. Isso beneficiará especialmente as cadeias produtivas de proteínas, animais, carnes, produtos processados e grãos, como soja e milho. Além disso, fortalecerá a integração da América do Sul e abrirá novas oportunidades de comércio e distribuição para o Brasil e outros estados”, diz.
Com MS vivendo um bom momento econômico, com grandes investimentos privados previstos. O Chefe do Executivo Estadual explicou de onde vêm esses investimentos e em quais áreas eles serão direcionados.
O governador concedeu entrevista nesta tarde ao Poder 360º
“Os investimentos privados estão vindo para o MS devido ao ambiente favorável aos negócios que temos construído. Estamos implementando reformas e desburocratizando processos, o que tem gerado confiança no Estado. Grande parte dos investimentos está sendo direcionada para a industrialização do agro, como usinas de etanol, processamento de grãos e indústrias de papel e celulose. Além disso, temos parcerias público-privadas para fortalecer a infraestrutura, como a expansão de vias digitais para conectar os municípios e melhorar a conectividade”, explica.
Cenário nacional – Sem base sólida no Congresso Nacional, o presidente Lula (PT) vem ‘penando’ para conseguir apoio para emplacar algumas medidas. Sobre esse cenário, Riedel acredita que isso se deve a falta de articulação política.
“Acredito que a dificuldade do presidente Lula em construir uma base de apoio sólida no Congresso Nacional se deve a questões de articulação política. Após uma eleição polarizada, o país está dividido, e é necessário um esforço maior para unir as bases e avançar com a agenda necessária. É preciso revisar os processos de articulação e buscar formas de construir consensos para o benefício do País”, analisa.
A Câmara dos Deputados aprovou na noite de terça-feira (30) o texto-base do Projeto de Lei 490/07, que trata do marco temporal para demarcação de terras indígenas. Foram 283 votos a favor e 155, contra. Desta forma, os povos indígenas e tradicionais terão direito somente às terras que ocuparam até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal. Riedel acredita que a discussão é antiga e complexa.
“Acredito que é necessário estabelecer uma linha de corte para resolver os conflitos fundiários. O governo federal precisa definir quais áreas foram tituladas e demarcadas, buscando soluções para os conflitos que surgem quando comunidades indígenas reivindicam territórios já ocupados. É uma questão que o Congresso Nacional precisa debater e definir para trazer mais clareza e segurança jurídica nesse tema”, salienta.
Sobre a situação do PSDB, o governador do Estado afirmou que a sigla vem discutindo como será o futuro no Estado. “É preciso encontrar respostas para a queda de representatividade e para as mudanças trazidas pela reforma política. Defendo o fortalecimento partidário por meio de alianças, mantendo a identidade e as premissas do PSDB. É necessário buscar formas de ampliar a base política e garantir uma atuação efetiva nas eleições municipais e futuros pleitos, de acordo com as demandas e o contexto político atual”, ressalta. Confira a entrevista na íntegra no player abaixo:
