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"Pegou fogo" a audiência sobre o passaporte da vacina na Câmara Municipal de Campo Grande nesta tarde (27). Com ânimos esquentados desde o começo, grupos críticos ao projeto de lei que prevê o passaporte da imunização se manifestaram efusivamente, atrapalhando o momento de fala de várias autoridades.

Em meio a vaias, o Secretário de Estado de Saúde (SES), Geraldo Resende, foi enfático depois de apresentar os dados e as conquistas da pasta desde o início da calamidade sanitária. “Muitas vidas foram salvam, inclusive daqueles que querem interditar o debate, aqueles que pedem liberdade, são os mesmos que pedem para interditar o STF, que pedem intervenção militar, jogam no ralo todo os esforços e trabalho feito por minha geração. Se depender de mim essas pessoas não passarão”, disse Resende em meio a vais.
De iniciativa do vereador Ayrton Araújo, as manifestações mais frequentes partiam de pessoas contrárias à medida. Munidas com bandeiras do Brasil e cartazes contrários à vacinação e com frases de ordem a favor da liberdade, em vários momentos, o grupo não permitia oradores contrários de falar, causando irritação em alguns.
Confira o vídeo:
Para defender o projeto de lei, Ayrton Araújo argumentou que “o projeto de lei será um incentivo a quem não se vacinou para procurar a imunização”. Representantes do comércio, se colocaram contra ao passaporte, relembrando que desde o início da pandemia cumpriram com todas as medidas impostas pelo poder público, e que agora, não há como acatarem mais uma proposição considerada.
O Secretário de Saúde, José Mauro Filho, apresentou que a lei seria para 15% dos cidadãos de Campo Grande que ainda não se vacinaram. “O município deve criar uma lei para a minoria das pessoas que não se vacinaram? Isso que deve ser colocado em discussão, assim como deve ser colocado em discussão a capacidade da cidade de fiscalizar a medida”.
Após a fala de Geraldo, a audiência foi encerrada por parte do cerimonial, pois público e convidados estavam muito exaltados.
