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BR-163

Vereador pede que CCR forneça imagens em tempo real para PF e PRF combaterem crimes nas estradas

“Já trabalhei no setor de inteligência da Polícia Federal por muitos anos e as imagens em tempo real ajudam sobremaneira no combate ao crime”, disse André Salineiro

25 maio 2017 - 12h02Da Redação com assessoria
Vereador André Salineiro
Vereador André Salineiro - Divulgação
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Durante Audiência Pública que discutiu a retomada das obras de duplicação da BR-163, realizada na quarta-feira (24), o vereador André Salineiro sugeriu uma auditoria nas contas da CCR MS Via e solicitou que a concessionária forneça imagens em tempo real dos trechos da rodovia às Polícias Federal e Rodoviária Federal. Segundo o parlamentar, as imagens poderiam ajudar na solução de crimes nas estradas. O pedido foi feito ao responsável pelas Relações Institucionais da CCR, Claudemir Alves Nata, que participou da audiência.

“Já trabalhei no setor de inteligência da Polícia Federal por muitos anos e as imagens em tempo real ajudam sobremaneira no combate ao crime. Não estou dizendo que a CCR forneça as imagens depois de requisitadas por autoridade policial ou judiciária, mas sim que ela forneça, em tempo real, o monitoramento que já é feito nas estradas pelas câmeras que a CCR possui; além da ampliação que ela visa fazer com centenas de câmeras na estrada com utilização da fibra óptica, que já está no planejamento e a concessionária já tem recurso, portanto é viável esta solicitação. Para a Segurança Pública, isso seria de estrema valia. Principalmente agora com a fibra óptica é totalmente viável, não teria porque não ceder as imagens em tempo real”, argumentou o vereador.

Sobre a interrupção das obras, Salineiro disse que em qualquer tipo de investimento não se pode alegar a crise como desculpa. “Se sou investidor e vou abrir uma empresa em Campo Grande, sei do problema da crise mundial e mesmo assim eu arrisco e depois lá na frente eu alego que a crise me fez interromper o serviço?”, questionou o vereador.

O vereador disse ainda que a CCR tem que ter lucro, mas não se pode permitir um lucro exorbitante, ferindo também o direito do consumidor. “Despesa de investimento não é despesa. Se eu não tenho dinheiro para abrir uma empresa, eu vou ao banco BNDES e faço um empréstimo. Eu tive esse empréstimo, isso não pode entrar na minha despesa, que é de investimento. O que tem que ser avaliado é o que hoje a CCR tem de lucro através do pedágio e seu custo operacional como despesa fixa”, explicou.

Prejuízo para o município

“Nós temos que tomar lado e defender o município, porque está abrangendo dinheiro do município, que doou para a CCR uma área de 15 mil metros quadrados avaliada em quase R$ 1 milhão de reais”, disse o vereador, ao destacar ainda que a concessionária teve redução de 50% do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) incidente sobre o imóvel doado, destinado a construção da sede pelo prazo de 5 anos.

Salineiro lembrou o artigo 4° da lei 5.532/2015, que deixa claro que “os incentivos serão cancelados e a área do objeto da doação será revertida ao patrimônio do município caso a beneficiária descumpra qualquer um dos dispositivos previstos na lei complementar do município”.

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