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ELEIÇÕES 2024

Vanda Camilo e Rodrigo Basso disputam voto a voto em Sidrolândia

Com apenas dois pontos de diferença, Vanda Camilo e Rodrigo Basso lutam por cada voto.

16 setembro 2024 - 07h07Ricardo Eugenio
Rodrigo Basso (PL) e Vanda Camilo (PP) disputam voto a voto a Prefeitura de Sidrolândia.
Rodrigo Basso (PL) e Vanda Camilo (PP) disputam voto a voto a Prefeitura de Sidrolândia. - (Foto: Arquivo Região News)

No mais recente levantamento do instituto Novo Ibrape, encomendado pelo Campo Grande News, a prefeita Vanda Camilo (PP) e seu principal adversário, Rodrigo Basso (PL), estão tecnicamente empatados. A eleição de 2024, que até então parecia ser uma corrida previsível, está se revelando uma verdadeira disputa voto a voto. Vanda, que busca a reeleição, aparece com 38% das intenções de voto no cenário espontâneo, enquanto Rodrigo Basso vem logo atrás, com 36,2%. A diferença, mínima, está dentro da margem de erro. Mais do que uma campanha comum, o que se vê é um jogo de nervos.

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Mas, como em toda eleição acirrada, os indecisos podem virar o jogo. E em Sidrolândia, eles são uma força a ser considerada: 25,8% dos eleitores ainda não sabem em quem votar. É como se o futuro da cidade estivesse nas mãos daqueles que ainda não decidiram, os espectadores dessa disputa cada vez mais equilibrada.

O jogo da percepção - O que torna essa eleição mais curiosa é que, em um ambiente onde os números já estão tão próximos, a percepção dos candidatos, tanto sobre si quanto sobre os adversários, pode definir o resultado. Na pesquisa estimulada, onde os nomes dos candidatos são apresentados diretamente aos eleitores, Vanda Camilo lidera com 44,2%, e Rodrigo Basso vem colado com 41,8%. Em termos práticos, a diferença é quase irrelevante.

estimulada

Nesse duelo, os pequenos detalhes são cruciais. Uma palavra mal colocada, uma promessa que não convence ou até uma foto que não viraliza da forma esperada podem mudar o rumo das coisas. Enquanto Vanda tenta capitalizar sobre seu mandato atual, Rodrigo Basso aposta no desgaste natural de quem está no poder.

O terceiro candidato na disputa, Luiz Leme (DC), parece estar mais para figurante do que para protagonista. Com apenas 0,4% das intenções de voto, sua participação tem mais impacto na estatística de rejeição — onde ele lidera com 24% — do que na corrida de fato.

O peso da rejeição - Em uma eleição tão apertada, o índice de rejeição pode ser tão relevante quanto a popularidade. Segundo o levantamento, Vanda Camilo não é uma unanimidade. Cerca de 21,4% dos eleitores afirmam que não votariam nela de jeito nenhum. Rodrigo Basso, por sua vez, parece ter um pouco mais de espaço para manobra, com uma rejeição de 19,6%. Isso significa que, embora tecnicamente empatados nas intenções de voto, o eleitorado que se recusa a apoiar Vanda é ligeiramente maior. Se isso vai ou não fazer diferença nas urnas, ainda não se sabe.

A aprovação de Vanda: bônus ou ônus? E o que dizer da atual gestão? Para Vanda Camilo, a avaliação de seu mandato pode ser tanto uma âncora quanto uma tábua de salvação. Sua administração é vista de maneira positiva por 41,6% dos eleitores, o que parece um número relativamente bom. No entanto, quando se observa os detalhes, há uma nuance importante: apenas 10,4% consideram sua gestão “ótima”, enquanto a maioria a avalia como apenas “boa” (31,2%) ou “regular” (35%). Do outro lado, 23,4% a classificam como “ruim” ou “péssima”, o que significa que há um contingente significativo de eleitores que não está satisfeito.

Nesse cenário, Vanda precisa conquistar os indecisos e, ao mesmo tempo, conter o avanço de Basso, que, mesmo sendo o adversário, carrega menos rejeição entre os eleitores.

Quem é o eleitor de Sidrolândia? Para entender o contexto da eleição, é importante observar quem são os eleitores que moldarão o futuro da cidade. A pesquisa ouviu 500 pessoas, com uma margem de erro de 4,3% e intervalo de confiança de 95%. A amostra é uma representação quase cirúrgica do eleitorado de Sidrolândia: 51,4% são mulheres, e 48,6% homens. O grupo mais presente entre os entrevistados tem entre 25 e 34 anos, uma faixa etária que representa 20,8% do total. A educação também varia: 40% dos eleitores possuem ensino médio completo, enquanto 37,6% concluíram apenas o ensino fundamental. Em termos de renda, 34,4% recebem entre 2 e 5 salários mínimos, o que coloca boa parte da população em uma classe média mais baixa.

Esses dados revelam um eleitorado diversificado, mas com um padrão predominante de jovens adultos com ensino médio e renda limitada. Para Vanda e Basso, a estratégia de campanha precisa mirar exatamente nesse público, que, na prática, pode ser o fator decisivo para definir o próximo prefeito ou prefeita da cidade.

O futuro de Sidrolândia está em jogo - Em um cenário onde a diferença entre vitória e derrota pode ser mínima, o que está em jogo é o futuro de uma cidade de 60 mil habitantes, que vive a expectativa de ver seu destino decidido por uma margem de votos que pode caber em uma sala de aula. A pesquisa, registrada sob o número MS-09755/2024 no TSE, aponta um empate técnico que pode se estender até o último minuto.

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