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INFRAESTRUTURA

União libera R$ 1,36 bilhão para Mato Grosso do Sul destravar obras em rodovias

Com o aval federal, Estado soma R$ 3,6 bilhões para recuperar estradas e melhorar infraestrutura viária até 2026

11 novembro 2025 - 19h35Da Redação
Eduardo Riedel entrega documento ao presidente Lula durante cerimônia em Brasília  novembro de 2025.
Eduardo Riedel entrega documento ao presidente Lula durante cerimônia em Brasília novembro de 2025. - (Foto: Ricardo Stuckert/Presid. da República)
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Era para ter saído no primeiro semestre, mas só agora, em novembro, o sinal verde veio de Brasília. O governo de Mato Grosso do Sul, liderado por Eduardo Riedel (PP), recebeu autorização da União para firmar um empréstimo de R$ 1,36 bilhão com o Bird – o braço de financiamento do Banco Mundial. O recurso será usado para tirar do papel parte do Rodar MS, um ambicioso programa de recuperação de estradas em várias regiões do Estado.

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Com o novo aporte, o montante total para obras em infraestrutura viária chega a R$ 3,6 bilhões. E não se trata apenas de asfalto: o pacote inclui projetos de segurança, videomonitoramento e contratos de longo prazo com foco em desempenho.

Obra de restauração asfáltica do Rodar MS entre Água Clara e Paranaíba  agosto de 2024.Obra de restauração asfáltica do Rodar MS entre Água Clara e Paranaíba — agosto de 2024. - (Foto: Edemir Rodrigues / Governo de MS)

Empréstimo do Bird aguardava trâmite federal - O pedido de financiamento, aprovado ainda em 2024 pela Assembleia Legislativa de MS, passou por um caminho demorado em Brasília. Pela regra, todo empréstimo externo precisa da chancela da equipe econômica do governo federal, da Casa Civil e do Senado.

Segundo o Ministério da Fazenda, o processo seguiu o “fluxo regular” para esse tipo de operação. Já teve o aval da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). O contrato agora depende apenas da última análise do Senado e da formalização pelo Ministério da Fazenda.

Só depois disso poderão ser assinados dois documentos: um entre o Estado e o Bird, e outro entre a União e o banco, garantindo a operação em caso de inadimplência.

Contratos por desempenho - A proposta é clara: recuperar cerca de 800 quilômetros de rodovias estaduais com foco em durabilidade e eficiência. O Rodar MS prevê modelos contratuais como o CREMA DBM (Contrato de Restauração e Manutenção) e PPP (Parceria Público-Privada), com vigência de até oito anos.

Trechos como os das rodovias MS-377 e MS-240, entre Água Clara e Paranaíba, estão no planejamento. Outros municípios previstos no mapa das obras incluem Jateí, Naviraí, Eldorado, Iguatemi, Anaurilândia, Bataguassu, Taquarussu, Inocência, Itaquiraí e Nova Andradina.

A ideia é evitar o vai-e-volta das obras emergenciais, comuns em períodos de chuva. A nova lógica será a de manutenção preventiva com metas de desempenho, numa tentativa de garantir estradas melhores por mais tempo.

Segurança viária - Outro ponto destacado pelo projeto é o investimento em segurança. Cerca de R$ 10 milhões serão destinados à implantação de um sistema de monitoramento eletrônico, com cercas e câmeras para fiscalizar o tráfego e evitar acidentes.

A proposta foi estruturada pelo Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE), vinculado ao governo estadual. Segundo a secretária Eliane Detoni, o Banco Mundial tem experiência consolidada nesse tipo de contrato e já atuou em MS em 2010. O EPE, por ora, prefere não comentar prazos até a assinatura final.

Eliane Detoni assina termo do Rodar MS em Campo Grande  março de 2023.Eliane Detoni assina termo do Rodar MS em Campo Grande — março de 2023. - (Foto:Álvaro Rezende / Governo de MS)

BNDES também entra com R$ 2,3 bilhões - Paralelamente ao Bird, o Estado também conta com apoio do BNDES, que já liberou R$ 2,3 bilhões. Esses recursos estão sendo usados em obras de pavimentação e restauração de outros 790 quilômetros de rodovias, já em fase de execução.

Com os dois financiamentos somados, MS consolida um dos maiores pacotes de infraestrutura viária da sua história recente. Um movimento de peso, em um momento em que o caixa público continua apertado, e os desafios logísticos do Estado, ainda maiores.

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