
A União Europeia (UE) anunciou nesta quarta-feira (17) a suspensão parcial do acordo de associação com Israel, o que, na prática, elimina os benefícios comerciais preferenciais concedidos ao país desde o início do tratado bilateral.

A medida, segundo o comissário de Comércio da UE, Maros Sefcovic, implica que as mercadorias israelenses passarão a ser tributadas com as tarifas padrão aplicadas a países sem acordo de livre comércio com o bloco.
Acordo de associação parcialmente suspenso
A suspensão afeta áreas como:
Livre circulação de mercadorias
Direito de estabelecimento e fornecimento de serviços
Contratos públicos
Concorrência
Propriedade intelectual
“Lamentamos ter que tomar esta medida. No entanto, acreditamos que é apropriada e proporcional, dada a crise humanitária em curso em Gaza”, disse Sefcovic, durante coletiva em Bruxelas.
Apelo por cessar-fogo e ajuda humanitária
O comissário europeu também fez um apelo por acesso irrestrito à ajuda humanitária na Faixa de Gaza, além da libertação imediata dos reféns mantidos pelo grupo Hamas e um cessar-fogo urgente.
A medida aumenta a pressão internacional sobre Israel, que enfrenta crescente isolamento diplomático em meio às críticas pela condução da guerra em Gaza, onde o número de mortos já ultrapassa 30 mil, segundo autoridades locais.
O acordo de associação entre UE e Israel existe desde 2000 e garante vantagens comerciais e preferências tarifárias ao país. A suspensão parcial é vista como uma resposta direta às violações dos direitos humanos apontadas por organizações internacionais.
