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POLÍTICA INTERNACIONAL

Trump cogita enviar tropas a Memphis para conter criminalidade e critica gestão democrata

Presidente dos EUA afirma que operação semelhante à de Washington pode ser levada a outras cidades; Chicago é alvo de críticas

12 setembro 2025 - 13h55Laís Adriana
rump sugeriu envio da Guarda Nacional a Memphis para conter criminalidade
rump sugeriu envio da Guarda Nacional a Memphis para conter criminalidade - (Foto: Demetrius Freeman/The Washington Post)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (12) que estuda enviar a Guarda Nacional e, se necessário, tropas militares federais para a cidade de Memphis, no estado do Tennessee. O objetivo, segundo ele, seria "controlar o crime" na região, em uma ação semelhante à realizada recentemente em Washington D.C.

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A afirmação foi feita durante entrevista ao programa Fox & Friends, da Fox News. Na conversa, Trump disse que o governador do Tennessee está "feliz em nos receber", mas ponderou que sua intenção inicial era atuar em outra cidade. "Eu preferia ir para Chicago", afirmou o republicano.

Apesar da sinalização, o presidente não confirmou se a intervenção federal em Memphis será efetivada nas próximas semanas. Também evitou detalhar um cronograma para essa possível ação.

Críticas à oposição e comparação com zona de guerra

Durante a entrevista, Trump intensificou as críticas ao Partido Democrata, culpando seus líderes pela escalada da violência em cidades como Chicago, onde os democratas têm controle político. Sem apresentar dados, o presidente comparou a cidade a um cenário de guerra. "Chicago está pior que o Afeganistão. Tem um número de mortes muito maior", declarou.

"Posso consertar Chicago de modo ainda melhor do que como fizemos em D.C. Quem não quer que isso aconteça?", questionou, sugerindo que apenas a resistência política local impediria a ação federal. "Mas não vamos entrar sem convite e provocar uma situação hostil", completou.

Washington como vitrine de política de segurança

Trump elogiou os resultados da operação de segurança realizada na capital do país. Segundo ele, o crime foi "eliminado" em Washington, criando um ambiente "seguro" que já estaria refletindo em melhores condições para empresas e investidores.

Ainda assim, o presidente reconheceu que o trabalho não está totalmente concluído. "Há coisas que ainda precisamos consertar", afirmou, sem especificar quais seriam essas pendências.

Ataques à gestão Biden e defesa de políticas migratórias

A entrevista também foi marcada por ataques ao ex-presidente democrata Joe Biden. Trump criticou a utilização do autopen uma caneta de assinatura automática em decisões presidenciais no governo anterior, questionando a saúde mental e física de Biden à época.

O atual presidente também aproveitou para defender políticas da sua gestão, especialmente na área da imigração, apontando que "o país precisa de fronteiras seguras e leis fortes". Ele não deu detalhes sobre possíveis novas medidas nessa área.

Repercussão e cautela em Memphis

Até o momento, o governo estadual do Tennessee não emitiu nota oficial sobre a possibilidade de atuação da Guarda Nacional na cidade de Memphis. A fala de Trump, contudo, reacende o debate sobre a presença de forças federais em municípios com altos índices de criminalidade uma prática controversa que, em muitos casos, esbarra em resistências locais.

A cidade de Memphis, que já enfrenta desafios históricos em áreas como segurança pública, desigualdade e infraestrutura, poderá se tornar o novo palco de uma disputa entre a esfera federal e lideranças regionais, caso a proposta de Trump avance.

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