
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (19) que “não quer destruir a China”, mas que espera negociar tarifas com o presidente chinês, Xi Jinping. A declaração foi feita em entrevista à Fox Business, na qual o republicano também abordou temas econômicos e de segurança pública.

“Xi é inteligente e parece querer negociar as tarifas. É a coisa certa a fazer”, disse Trump.
O presidente destacou que produtos fabricados nos EUA, como chips e farmacêuticos, estão isentos de sobretaxas, e afirmou que empresas americanas estão retornando ao país.
“Todas as empresas estão voltando para os EUA, de Taiwan e do mundo inteiro”, afirmou.
Na sexta-feira (17), a emissora havia divulgado trechos da entrevista, em que Trump reconheceu que as tarifas de 100% sobre produtos chineses não são sustentáveis a longo prazo, mas justificou a medida dizendo que o “comportamento chinês o forçou” a adotá-las.
Segurança e Guarda Nacional - Durante a entrevista, Trump também anunciou planos de enviar a Guarda Nacional para São Francisco, como parte da política de combate ao crime urbano.
“Não esqueça, eu posso usar a Lei de Insurreição. Eu vou salvar as cidades”, declarou.
Relação com Putin e guerra na Ucrânia
Trump disse ainda manter “boa relação” com Vladimir Putin e acredita que um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia será possível.
“Eu pensei que o acordo de paz Rússia-Ucrânia seria mais fácil de ser alcançado”, afirmou, acrescentando que o presidente russo “levará alguma coisa” em termos de território ucraniano.
Investimentos e economia - Na parte econômica, Trump projetou que os investimentos nos Estados Unidos podem atingir US$ 20 trilhões até o final do ano, impulsionados pelas políticas tarifárias.
“Estamos construindo algo incrível aqui, e grande parte disso é por causa das tarifas”, disse.
O presidente alertou, contudo, que se a Suprema Corte americana decidir contra a política de tarifas, os EUA poderão ter de “devolver o dinheiro” arrecadado.
