
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou nesta ontem (14) que pode anunciar em breve uma decisão sobre uma possível ação militar contra a Venezuela. A declaração foi feita a bordo do avião presidencial Air Force One, onde Trump afirmou: “Eu meio que me decidi”.
A movimentação acontece em meio ao aumento da presença militar norte-americana na região do Caribe, o que levanta preocupações internacionais sobre um novo foco de instabilidade na América Latina.
Nos bastidores da Casa Branca, autoridades confirmaram a realização de três reuniões ao longo da semana para discutir alternativas militares diante do que Trump classifica como um estreito vínculo entre o governo de Nicolás Maduro e o narcotráfico.
O governo norte-americano enviou recentemente uma frota composta por aviões F-35, navios de guerra e um submarino nuclear para a costa caribenha. A medida foi intensificada após uma série de ataques letais a embarcações na região marítima próxima à Venezuela.
Além disso, o grupo de ataque liderado pelo porta-aviões USS Gerald R. Ford chegou à área nos últimos dias, trazendo consigo mais de 75 aeronaves militares e cerca de 5 mil soldados.
A escalada reforça o temor de uma ação coordenada contra o regime de Nicolás Maduro, que está no poder desde 2013 e é frequentemente acusado pelos EUA de violações de direitos humanos, repressão política e envolvimento com atividades ilícitas.
Apesar da retórica agressiva, Trump tem afirmado publicamente que não busca promover uma mudança de regime na Venezuela. Ainda assim, o acirramento das tensões levanta dúvidas sobre os reais objetivos da operação militar em curso.
Em resposta, Maduro acusou os Estados Unidos de tentar retirá-lo à força do poder. O líder venezuelano classificou os movimentos militares como uma tentativa explícita de ingerência externa em assuntos internos do país.
Trump também tem protagonizado um embate diplomático com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro. Recentemente, o ex-presidente norte-americano chamou Petro de “líder das drogas ilegais” e impôs sanções contra ele. Em contrapartida, o presidente colombiano acusou os EUA de promover assassinatos com seus ataques no exterior.

