
Durante conversa com jornalistas ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez duras críticas ao grupo Hamas, acusando-o de desviar alimentos e recursos destinados à população da Faixa de Gaza. Trump também comentou o conflito entre Camboja e Tailândia, e reafirmou sua posição sobre os gastos dos EUA com a OTAN.

“Demos US$ 60 milhões para comida em Gaza. Nenhum outro país ajudou”, afirmou Trump, ressaltando que, segundo ele, os recursos destinados à ajuda humanitária estariam sendo desviados pelo Hamas. “O Hamas rouba a comida enviada para Gaza”, declarou, sugerindo ainda que haveria roubo de dinheiro que deveria ser utilizado na compra desses alimentos.
O presidente norte-americano disse que seu governo continua enviando ajuda humanitária, mas demonstrou incerteza quanto aos rumos do conflito. “Não sei o que vai acontecer em Gaza. Pais israelenses me pediram para conseguir o corpo de seus filhos”, comentou, referindo-se às vítimas do confronto.
Camboja e Tailândia: "essa é fácil"
Trump também abordou brevemente o conflito entre Camboja e Tailândia, revelando que entrou em contato com os líderes dos dois países para intermediar um cessar-fogo. “Liguei para os primeiros-ministros desses países e disse: só haverá acordo se pararem sua guerra”, afirmou.
O presidente minimizou a complexidade do impasse no Sudeste Asiático. “Olhei para o Camboja e a Tailândia e pensei: ‘essa é fácil’”, declarou, sugerindo que o uso de sanções comerciais poderia ser um instrumento de pressão para forçar a paz. “Se eu usar o comércio para parar a guerra, é uma honra”, completou.
OTAN e defesa: pressão por aumento de gastos
Ainda durante a coletiva, Trump voltou a criticar o nível de investimento de países membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em defesa. O presidente defendeu que os países da aliança deveriam destinar pelo menos 5% de seu PIB para gastos militares.
“Temos gastado muito com a OTAN por muitos anos. Nossa reunião foi muito boa, a relação está muito boa”, comentou, apesar das cobranças.
A fala reflete a posição constante do presidente americano de pressionar os aliados europeus a aumentarem sua participação financeira dentro da aliança militar, uma cobrança que já causou desconforto diplomático em cúpulas anteriores da OTAN.
Imigração e fronteiras
Trump também aproveitou a conversa ao lado de Ursula von der Leyen para reforçar sua retórica sobre controle de fronteiras e imigração. Segundo ele, o governo americano tem feito “um bom trabalho” nesse campo. Sem apresentar dados específicos, o presidente disse que sua gestão está combatendo a entrada ilegal de imigrantes e mantendo a segurança nas fronteiras como prioridade.
