
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (24) que está disposto a enviar a Guarda Nacional para Baltimore, caso o governador de Maryland, Wes Moore, solicite ajuda formal para conter a criminalidade na cidade.

A declaração foi feita por Trump em um post na plataforma Truth Social, em tom crítico a um convite feito anteriormente por Moore. O governador havia convidado o ex-presidente para uma caminhada pela segurança pública em Baltimore, alegando que seria uma oportunidade para dialogar sobre políticas eficazes na área de segurança. “Como presidente, eu preferiria muito mais que ele limpasse esse desastre de crime antes de eu ir lá para uma caminhada”, escreveu Trump, acrescentando que o tom do convite foi “bastante desagradável e provocativo”.
O republicano também comparou a situação ao envio de tropas da Guarda Nacional à cidade de Los Angeles, na Califórnia, sob o comando do governador Gavin Newsom, para tentar conter a violência urbana. “Se Wes Moore precisar de ajuda, como Gavin Newsom precisou em Los Angeles, eu enviarei as tropas”, afirmou Trump.
Conflito político com viés eleitoral
A troca de declarações ocorre em meio a um aquecimento do debate sobre segurança pública nos Estados Unidos, um dos temas centrais das eleições de 2026. Trump, pré-candidato à reeleição, tem usado episódios de violência urbana como estratégia de campanha, colocando em dúvida a capacidade dos governadores democratas de lidar com o problema.
Baltimore, localizada no estado de Maryland, enfrenta há anos altos índices de violência, sendo frequentemente citada em debates nacionais sobre segurança, desigualdade e política criminal. Dados recentes do FBI apontam que a cidade continua entre as mais violentas do país, com altos índices de homicídios e crimes armados.
Resposta e expectativa
Até o momento, o governador Wes Moore não respondeu diretamente à publicação de Trump, mas assessores próximos indicam que a caminhada pretendida seria um gesto de abertura para o diálogo com todos os setores políticos, inclusive com adversários ideológicos.
A postura do ex-presidente, por sua vez, reforça sua linha de discurso de “tolerância zero com o crime”, que o acompanha desde o primeiro mandato e que volta a ganhar destaque em sua atual pré-campanha.
