
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (7) que a crise envolvendo o tráfico de fentanil na fronteira com o Canadá “nunca se encerrará”. A declaração foi feita durante conversa com jornalistas ao lado do primeiro-ministro canadense, Mark Carney, em Washington.

Apesar do tom crítico, Trump elogiou os esforços canadenses no combate à droga sintética, que tem sido responsável por milhares de mortes nos EUA. “Os canadenses têm feito um bom trabalho”, reconheceu. O republicano, no entanto, manteve a justificativa do fluxo de fentanil como um dos motivos para a imposição de tarifas comerciais ao país vizinho.
Tarifas continuam e USMCA pode ser revisto
Durante a conversa, Trump reafirmou que as tarifas entre os dois países permanecerão, mesmo com avanços no diálogo. Segundo ele, ainda é possível renegociar termos do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) ou criar “negociações diferentes”.
“Estamos conversando, mas as tarifas continuam. Acredito que Carney sairá daqui muito feliz; há muitas coisas nas quais estamos trabalhando”, declarou. “Os canadenses vão nos amar de novo; muitos deles ainda nos amam”, completou, adotando um tom conciliador.
Trump também mencionou a colaboração entre os dois países na implementação do sistema de proteção aérea conhecido como "domo de ouro", inspirado no modelo de defesa antimísseis utilizado por Israel. O projeto conjunto reforça a cooperação militar entre EUA e Canadá.
Encontro com Xi Jinping
Além das declarações sobre a relação com o Canadá, Trump anunciou que pretende se reunir com o presidente da China, Xi Jinping, “em algumas semanas”, durante uma visita à Coreia do Sul. O tema da reunião não foi detalhado, mas deve envolver questões comerciais e de segurança regional.
