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19 de novembro de 2025 - 09h37
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INTERNACIONAL

Justiça argentina confisca mais de 100 bens ligados a Cristina Kirchner por corrupção

Ex-presidente cumpre prisão domiciliar por fraude em obras públicas e tem patrimônio bloqueado em processo que envolve US$ 500 milhões desviados

19 novembro 2025 - 07h10Redação
Cristina Kirchner
Cristina Kirchner - (Foto: Bloomberg)

A Justiça da Argentina determinou, nesta terça-feira (18), a apreensão de mais de 100 bens ligados à ex-presidente Cristina Kirchner e a outros oito condenados por corrupção em obras públicas. Os imóveis, contas bancárias, empresas e fazendas estão ligados a um esquema fraudulento que teria desviado cerca de US$ 500 milhões entre 2003 e 2015.

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Segundo a sentença, o grupo liderado por Kirchner foi responsável por um "esquema fraudulento extraordinário" que favoreceu contratos de obras públicas na província de Santa Cruz. O caso envolve 51 licitações fraudulentas realizadas durante os mandatos de Néstor Kirchner e de Cristina, entre 2003 e 2015.

O desvio foi estimado inicialmente em 85 bilhões de pesos (cerca de US$ 70 milhões na época), valor que foi atualizado por peritos do Supremo Tribunal de Justiça. Os recursos eram destinados à construção de rodovias e estradas, mas foram desviados por meio de empresas ligadas a aliados do governo.

Cristina Kirchner foi condenada, em 2022, a seis anos de prisão por administração fraudulenta. Desde junho de 2025, cumpre a pena em prisão domiciliar em Buenos Aires. Além da pena privativa de liberdade, ela também está permanentemente inabilitada para exercer cargos públicos.

Ela não comentou a nova decisão judicial e segue sustentando que é vítima de uma perseguição política e judicial promovida por setores conservadores.

Além de Kirchner, a decisão atinge o empresário Lázaro Báez — apontado como o principal beneficiado com os contratos públicos — e ex-funcionários do governo e da autoridade rodoviária.

O tribunal permitiu que os réus sugerissem como dividir os bens entre si, mas nenhum deles acatou a determinação. Todos recorreram da medida, mas os recursos foram rejeitados por instâncias superiores.

Os bens haviam sido congelados após as condenações e agora passam para apreensão definitiva. O valor dos ativos será usado para compensar parte do prejuízo causado ao erário público argentino.

A lista inclui fazendas, imóveis urbanos, contas bancárias e participações em empresas. A Justiça ainda poderá ampliar o confisco caso novas provas sejam anexadas ao processo.

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