
O prefeito de Inocência (MS), Antônio Ângelo Garcia dos Santos, conhecido em todo o Mato Grosso do Sul como Toninho da Cofapi, não foi a Brasília apenas para ouvir. Foi para falar, e falar com firmeza.
Na manhã de terça-feira (25), durante uma audiência pública no Senado Federal, Toninho se sentou à mesa principal da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e relatou o que está acontecendo em sua cidade: um crescimento fora de qualquer previsão oficial. A plateia era composta por senadores, técnicos de ministérios, prefeitos de outros municípios e empresários do setor de celulose.
Confira:
“Inocência tinha 8.700 habitantes. Hoje estamos com mais de 15 mil. E podemos chegar a 28 mil”, disse, com voz firme e pausada, chamando atenção não só pelos números, mas pela clareza do diagnóstico e pela estratégia que levou consigo.
Enquanto o prefeito apresentava os dados e demandas, outros integrantes da equipe de Inocência também acompanhavam a audiência. O chefe de gabinete, Max Machado, e o secretário municipal de Administração, Gilmarez Leal, estiveram presentes no Senado e cumpriram agenda em Brasília, fortalecendo a articulação institucional.
Nos bastidores da audiência, Max e Gilmarez participaram de reuniões com representantes do governo federal, discutindo diretamente pautas relacionadas a habitação, saneamento e infraestrutura. A atuação reforçou o alinhamento da gestão municipal na busca por recursos e apoio técnico.
Toninho foi direto ao ponto: o avanço da nova fábrica de celulose da Arauco, que será a maior do mundo em capacidade produtiva, trouxe à tona uma nova realidade. A cidade pacata do interior agora convive com trânsito intenso, aumento no custo de vida e pressão sobre escolas, postos de saúde e, principalmente, moradia. “Hoje, um aluguel que era R$ 800 custa R$ 3 mil. Tem casa sendo alugada por R$ 10 mil. Isso empurra famílias para cidades vizinhas. E a cidade perde”, relatou o prefeito.
Mas não se limitou à denúncia. Toninho apresentou números e soluções. Disse que a prefeitura já entregou 50 casas populares e outras 50 estão em construção. Mais 42 terão as obras iniciadas em janeiro. Além disso, uma nova área de 25 hectares foi adquirida e será destinada a novos loteamentos. “Temos terreno, temos projeto, temos vontade. Só precisamos de apoio para acelerar. Precisamos construir pelo menos 4 mil casas”, declarou.
Na área da educação, ele relatou a construção de uma nova creche com 220 vagas. Outras duas foram ampliadas. Uma nova escola, com 13 salas de aula, já teve o projeto cadastrado em Brasília. “A estrutura atual não dá conta. E a cidade continua crescendo”, reforçou.
Com 98% da área urbana pavimentada e mais de 85% de cobertura de esgoto, Inocência é vista como uma cidade organizada. E Toninho fez questão de manter esse reconhecimento. “Não queremos ocupações irregulares, não queremos favelas. Queremos planejamento.”
Durante a audiência, o prefeito agradeceu o apoio do governador Eduardo Riedel (PSDB), da secretária estadual de Habitação, Maria do Carmo Avesani, e do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), que presidiu a sessão. Mas reforçou que a responsabilidade agora é federal: “O hospital vai ser construído pela Arauco, mas precisamos de mais UBS, reforço policial, moradia digna e estrutura urbana.”
Ao final da audiência, ficou claro que Toninho da Cofapi não foi só relatar problemas, foi defender uma cidade inteira. Com a presença de seus principais articuladores, Max Machado e Gilmarez Leal, mostrou que Inocência tem governo, tem comando e tem planejamento para enfrentar o crescimento que vem pela frente.


