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MINISTRO DO STF

The Guardian descreve Alexandre de Moraes como 'herói progressista' em perfil

Jornal britânico retrata o ministro do STF como figura central e controversa no julgamento de Jair Bolsonaro, capaz de dividir o país entre admiração e rejeição

8 setembro 2025 - 21h00Raisa Toledo
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, foi descrito como belicoso e controverso.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, foi descrito como "belicoso" e "controverso". - (Foto: Wilton Junior/Estadão)
Terça da Carne

Em meio ao julgamento da trama golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o jornal britânico The Guardian publicou nesta segunda-feira (8) um perfil do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A reportagem define o magistrado como um juiz que “inspira amor e ódio” e uma das “maiores e mais controversas celebridades do Brasil”.

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Segundo a publicação, Moraes assumiu um papel de protagonismo ao conduzir investigações contra aliados de Bolsonaro e bloquear contas de influenciadores de extrema-direita nas redes sociais. Essa postura firme o transformou em “herói para progressistas”, mas também em “figura odiada pelos bolsonaristas”.

O The Guardian destaca ainda que, embora seja visto como defensor da democracia, o ministro também desperta preocupação entre setores progressistas. O jornal cita o inquérito das fake news, aberto há seis anos, e questiona a falta de clareza sobre prazos e alvos da investigação, levantando críticas de que Moraes teria ido além de sua autoridade constitucional.

A reportagem revisita a carreira acadêmica e política do ministro, lembrando que ele foi ministro da Justiça no governo Michel Temer e é autor de um livro de direito constitucional que vendeu centenas de milhares de exemplares. O perfil também ressalta seu estilo “workaholic” e menciona depoimentos de colegas de juventude, que descrevem Moraes como um homem de direita, distante da imagem de ícone progressista que ganhou nos últimos anos.

Para ilustrar o contraste de percepções, o Guardian cita dois exemplos: a crítica do bilionário Elon Musk, que chamou Moraes de “ditador malvado fazendo cosplay de juiz”, e a devoção de um açougueiro de Belém (PA), que tatuou o rosto do ministro na perna.

“Se tatuar o rosto de um juiz da Suprema Corte na perna parece uma decisão peculiar, o cenário político excepcional do Brasil ajuda a explicar a escolha”, conclui o jornal.

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