
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu nesta segunda-feira (11) o projeto de revitalização do Centro da capital paulista e afirmou que sua gestão está substituindo áreas marcadas pelo uso aberto de drogas por iniciativas voltadas à tecnologia e inovação.

"Estamos trocando a Cracolândia por inteligência artificial, por futuro, por esperança. É por isso que esse Centro hoje é absolutamente diferente", declarou durante a entrega de 100 motos para PM e GCM, equipadas com câmeras do programa Smart Sampa.
Segundo Tarcísio, em novembro será realizado o leilão para a escolha da empresa que vai construir e administrar os prédios do novo centro administrativo de São Paulo por 30 anos, um investimento que, segundo ele, será "icônico" e ajudará na recuperação de outros espaços da região.
Favela do Moinho e parceria com o governo federal
Entre os projetos previstos, está a transformação da Favela do Moinho atualmente em processo de desapropriação em um parque e na futura estação de trem Bom Retiro.
Em maio, Tarcísio e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciaram acordo para destinar o terreno, de propriedade do governo federal, e viabilizar a remoção das famílias por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, com investimento de R$ 180 mil por moradia, somados a R$ 70 mil do programa estadual Casa Paulista, totalizando R$ 250 mil por unidade.
As cerca de 900 famílias da região receberão os imóveis sem custo, desde que tenham renda de até R$ 4,7 mil mensais.
Apesar do entendimento inicial, Tarcísio afirmou que o Estado seguirá sozinho, caso a União não participe: "Se o governo federal ajudar, ótimo; se não ajudar, faremos sozinhos. Queremos resolver o problema."
Desafios de segurança
A área enfrenta problemas relacionados à segurança pública. Investigações do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE), apontam que a Favela do Moinho se tornou uma base de atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Centro de São Paulo, de onde partiam comunicações para monitorar a polícia.
