O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (17) que não pretende disputar a Presidência da República em 2026. Em compromisso em Araçatuba, ele declarou que sua prioridade é concorrer à reeleição no estado. "Eu pretendo concorrer à reeleição", disse a jornalistas ao ser questionado sobre planos políticos futuros.
Apesar de já ter negado anteriormente a possibilidade de disputar o Planalto, a nova declaração ocorre em meio à movimentação de Tarcísio em torno do projeto de anistia aos condenados pelo golpe de Estado, incluindo seu padrinho político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma pesquisa do instituto Atlas/Bloomberg sobre as eleições de 2026, divulgada nesta quarta, avaliou cenários com a participação do governador. Em um eventual segundo turno contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Lula aparece com 50,6% das intenções de voto, enquanto Tarcísio tem 45,2%. Outros 4,2% não souberam responder ou votariam em branco ou nulo.
O levantamento também questionou a opinião dos eleitores sobre o posicionamento recente de Tarcísio em defesa da anistia, feito durante o 7 de Setembro. Na ocasião, ele afirmou: "Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como (Alexandre) Moraes... Vamos para a vitória, vamos para a anistia."
Sobre essa declaração, 49,1% dos entrevistados discordam totalmente, enquanto 43,5% concordam totalmente. Entre os eleitores que consideram a postura do governador, 54,5% afirmam que não votariam nele, 31,8% dizem que votariam com certeza, 11,5% apontam chance maior de votar e 0,5% chance menor. Já 1,8% não souberam responder.
