
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), divulgou na noite desta quinta-feira (9) um vídeo em suas redes sociais acusando o Partido dos Trabalhadores (PT) de promover uma “ampla campanha de desconstrução de imagem” contra ele. A reação veio após o partido associá-lo à articulação pela derrubada da Medida Provisória (MP) que previa alternativas ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), rejeitada na Câmara dos Deputados na quarta-feira (8).

“Há meses, a gente vem sendo alvo de uma ampla campanha de desconstrução de imagem e reputação por parte do PT. Agora, querem me acusar de trabalhar contra o governo porque sou contra mais impostos para a população”, afirmou o governador.
Tarcísio, apontado como um dos nomes da direita para a disputa presidencial em 2026, afirmou que o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta desgastar sua imagem politicamente.
Na quarta-feira, o governador negou ter ligado para deputados pedindo votos contra a medida provisória. No entanto, foi desmentido em plenário pelo líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que agradeceu publicamente o empenho de Tarcísio na articulação que ajudou a derrubar a proposta.
Segundo informações do Estadão, tanto Lula quanto Tarcísio atuaram nos bastidores para influenciar parlamentares — cada um de seu lado. A MP, se aprovada, poderia aumentar a arrecadação federal em cerca de R$ 17 bilhões em 2026, ano eleitoral.
No vídeo, um dos mais duros ataques do governador ao PT, Tarcísio acusou o governo federal de “jogar uns contra os outros” e disse que nem ele nem a população apoiariam a medida que, segundo ele, aumentaria a carga tributária.
“Vamos parar de inventar culpado. Tenha vergonha, Haddad. Respeite os brasileiros. Cortem gastos. Pensem que a gente precisa governar, a gente precisa sair do palanque”, declarou, em referência ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seu adversário nas eleições de 2022.
O governador também afirmou que seguirá defendendo a redução de impostos e cortes de gastos públicos, em contraposição à política econômica do governo federal.
