Suspensão dos voos que conectam Campo Grande a Cuiabá (MT) e Curitiba (PR) gerou reação no plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul nesta terça-feira (17). Preocupado com os impactos da medida, um deputado estadual apresentou requerimento cobrando explicações da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e da Azul Linhas Aéreas.
O parlamentar solicita informações detalhadas sobre os motivos que levaram à interrupção das rotas, que são consideradas estratégicas para a mobilidade, logística e desenvolvimento econômico regional. Segundo ele, as ligações entre os três estados — todos com forte presença no agronegócio — são fundamentais para a integração e competitividade.
No documento apresentado, o deputado argumenta que os voos entre as capitais registram, historicamente, elevada taxa de ocupação. Por isso, a decisão de encerrar as operações surpreendeu autoridades locais, já que os trechos têm demanda significativa tanto de passageiros a negócios quanto de turistas.
O requerimento também cobra explicações sobre possíveis alternativas para os passageiros impactados pelas mudanças e solicita estimativas dos prejuízos causados à conectividade regional.
Corumbá-Campinas também pode ser afetado - Além das rotas entre Campo Grande e as capitais de Mato Grosso e Paraná, o requerimento alerta para a possível descontinuidade do voo entre Corumbá e Campinas (SP). Essa ligação aérea é considerada vital para o turismo no Pantanal e para o escoamento de produtos do oeste sul-mato-grossense.
O temor é que a medida não seja pontual e possa se estender a outros trechos operados no Estado. Diante disso, o deputado cobra transparência por parte da Azul e da ANAC e propõe atuação conjunta das esferas federal, estadual e municipal na defesa da malha aérea regional.
O texto com os questionamentos foi protocolado e será oficialmente encaminhado à Agência Nacional de Aviação Civil e à direção da Azul Linhas Aéreas. O objetivo é obter respostas concretas sobre os critérios adotados para os cortes e saber se há planos para reposição ou readequação das rotas.
Durante a sessão, o parlamentar afirmou que “a retirada de voos compromete a integração entre os estados, enfraquece a economia local e prejudica o turismo, especialmente em regiões como o Pantanal, que dependem da aviação para atrair visitantes”.
