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23 de outubro de 2025 - 21h05
TJMS
ASSASSINATO DE MARIELLE

Suspeitos de mandar matar Marielle chegam a Brasília e vão para presídio federal

Deputado Chiquinho Brazão, conselheiro Domingos Brazão, do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, passaram por audiência de custódia no Rio; os três negam participação no crime

24 março 2024 - 17h30Redação, O Estado de S. Paulo
Chegada dos irmãos Brazão em Brasília, suspeitos de mandarem assassinar Marielle
Chegada dos irmãos Brazão em Brasília, suspeitos de mandarem assassinar Marielle - (Foto: Wilton Junior/Estadão)

Os três suspeitos - o deputado federal Chiquinho Brazão, o conselheiro Domingos Brazão do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, delegado Rivaldo Barbosa - desembarcaram em Brasília na tarde deste domingo (24). Eles foram presos com "autores intelectuais" do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes e serão transferidos para o presídio federal da capital.

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Os irmãos Brazão e o delegado ficarão celas individuais. Eles passaram por audiência de custódia na Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro e deixaram a capital fluminense por volta das 14h30. A chegada a Brasília ocorreu às 15h50.

O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, e o advogado Alexandre Dumans, que representa Barbosa, negam a participação deles no assassinato da vereadora. A defesa de Chiquinho Brazão foi procurada neste domingo, mas não se manifestou. No último dia 20, em nota, ele se disse "surpreendido por especulações que buscam lhe envolver no crime".

As prisões integram a Operação Murder Inc, que também vasculhou 12 endereços do Rio de Janeiro, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A decisão dele passará por votação da Primeira Turma da Corte em sessão virtual que será realizada entre a 0h e 23h59m de segunda-feira (25). Moraes também retirou o sigilo da decisão, do parecer da PGR e do relatório final da PF. Os documentos foram disponibilizados pela PF.

Segundo o ex-policial militar Ronnie Lessa, autor das mortes e delator, Marielle estava "atrapalhando os interesses dos irmãos, em especial, sua atuação junto a comunidades em Jacarepaguá, em sua maioria dominadas por milícias, onde se concentra relevante parcela da base eleitoral" da família Brazão. A vereadora teria pedido para a população não aderir a novos loteamentos situados em áreas de milícia.

"Os elementos apresentados pelo discurso do colaborador podem ser sintetizados em duas questões primordiais: a suposta animosidade dos Brazão com integrantes do PSOL, apontada por conta de levantamentos de políticos da legenda que teriam sido solicitados no interesse dos Irmãos, e a atuação de Marielle Franco junto a moradores de comunidades dominadas por milícias, notadamente no tocante à exploração da terra e aos loteamentos ilegais", diz a Polícia Federal.

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