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25 de novembro de 2025 - 20h34
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GOLPE DE ESTADO

Moraes manda prender generais condenados por tentativa de golpe

Oficiais vão cumprir pena em unidades militares após fim dos recursos no Supremo

25 novembro 2025 - 17h00Aguirre Talento e Hugo Henud
Moraes manda prender generais condenados por golpe após fim dos recursos; penas variam de 19 a 26 anos.
Moraes manda prender generais condenados por golpe após fim dos recursos; penas variam de 19 a 26 anos. - (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Terça da Carne

O Supremo Tribunal Federal deu início nesta terça-feira (25) à execução das penas dos oficiais-generais condenados por envolvimento na tentativa de golpe de Estado, no mesmo processo que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ordem foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação no STF.

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Com o fim do prazo para recursos e a certificação do trânsito em julgado, passam a cumprir pena em regime fechado os generais da reserva Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, além do almirante Almir Garnier. Eles foram detidos em instalações militares, com apoio da Polícia Federal e do Exército.

A detenção dos militares foi autorizada após o encerramento, às 23h59 de segunda-feira (24), do prazo para interposição de novos recursos. Alguns advogados chegaram a apresentar os chamados “embargos dos embargos” e embargos infringentes, mas ambos foram rejeitados por Moraes.

A jurisprudência do STF considera os segundos embargos de declaração como tentativa protelatória. Já os embargos infringentes só são admitidos quando há ao menos dois votos divergentes — o que não ocorreu neste caso, em que apenas o ministro Luiz Fux votou pela absolvição.

Com isso, Moraes certificou o trânsito em julgado, permitindo que a fase de execução penal fosse iniciada. Os militares agora cumprem pena em regime fechado, com prisão em instalações das Forças Armadas.

Segundo fontes do Exército e da Polícia Federal, os generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e o almirante Almir Garnier foram levados para o Comando Militar do Planalto, em Brasília. O general Braga Netto permanece detido em um quartel no Rio de Janeiro, onde já estava preso desde decisão anterior.

A execução das prisões foi feita de maneira coordenada entre as Forças Armadas e a Polícia Federal, em cumprimento direto da ordem judicial do Supremo.

As condenações variam entre 19 e 26 anos de prisão, todas em regime fechado. O general Augusto Heleno, que chefiou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Bolsonaro, foi condenado a 21 anos.

Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, recebeu pena de 19 anos. Já Walter Braga Netto, que foi ministro da Casa Civil e da Defesa, foi condenado a 26 anos de prisão. O ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, recebeu pena de 24 anos.

Todos foram sentenciados por envolvimento direto na trama golpista que visava anular o resultado das eleições de 2022.

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