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NACIONAL

Moraes dá prazo para PGR e defesas apresentarem últimas alegações do núcleo da "gerência" do golpe

Ex-integrantes do governo Bolsonaro e aliados são acusados de usar estruturas do Estado para favorecer o ex-presidente e planejar ações golpistas

5 setembro 2025 - 16h45Rayssa Motta
Alexandre de Moraes durante entrevista ao The Washington Post, em seu gabinete no Supremo Tribunal Federal
Alexandre de Moraes durante entrevista ao The Washington Post, em seu gabinete no Supremo Tribunal Federal - (Foto: ABrasil)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e as defesas dos réus do chamado núcleo da “gerência” da trama golpista apresentem suas alegações finais. Essa é a última fase antes de o processo ficar pronto para julgamento.

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Em despacho publicado nesta sexta-feira (5), Moraes declarou encerrada a fase de instrução, que incluía a oitiva de testemunhas e a produção de provas complementares. Agora, a PGR terá 15 dias para enviar suas considerações ao STF. Após esse prazo, as defesas terão o mesmo período para se manifestar.

Entre os acusados estão ex-integrantes do governo Bolsonaro e militares próximos ao ex-presidente:

Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF);

Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça;

Fernando de Sousa Oliveira, ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça;

Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais da Presidência;

Coronel Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;

General Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência.

Acusações - Segundo a denúncia da PGR, parte dos réus utilizou a PRF e a estrutura do Ministério da Justiça para tentar favorecer Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022, com operações que dificultariam a votação de eleitores no Nordeste, reduto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Já o general Mário Fernandes e o coronel Marcelo Câmara são acusados de coordenar o chamado “Plano Punhal Verde e Amarelo”, que previa monitoramento e neutralização violenta de autoridades públicas.

O ex-assessor Filipe Martins teria redigido o projeto de decreto que previa medidas excepcionais para sustentar o golpe, incluindo a prisão de ministros do STF e do então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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