Grupo Feitosa de Comunicação
(67) 99974-5440
(67) 3317-7890
24 de novembro de 2025 - 10h50
aguas
EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

STF mantém prisão de Jair Bolsonaro após violação de tornozeleira eletrônica

Ministros destacam risco de fuga e desrespeito às medidas judiciais como razões para manter detenção

24 novembro 2025 - 10h15Lavínia Kaucz
Bolsonaro segue detido na sede da Polícia Federal após decisão unânime do STF por manter prisão preventiva
Bolsonaro segue detido na sede da Polícia Federal após decisão unânime do STF por manter prisão preventiva - (Foto: Valter Campanato/ABrasil)

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta segunda-feira (24), para manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada no sábado (22) pelo ministro Alexandre de Moraes. O julgamento ocorre em plenário virtual e deve ser encerrado às 20h de hoje.

Canal WhatsApp

Com os votos dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino, que acompanharam o relator sem ressalvas, a maioria ficou estabelecida. Ainda falta o posicionamento da ministra Cármen Lúcia. Desde a saída do ministro Luiz Fux para a Segunda Turma, o colegiado conta com quatro integrantes.

No voto que sustentou a prisão, Moraes citou a admissão do próprio Bolsonaro sobre a violação da tornozeleira eletrônica, classificada como "falta grave e ostensivo descumprimento de medida cautelar", além de "patente desrespeito à Justiça". O ministro também afirmou que o ex-presidente tem histórico de descumprimentos reiterados de decisões judiciais.

Flávio Dino, em sua manifestação, ressaltou que a sentença que condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e formação de organização criminosa “comprova a periculosidade” do réu. Segundo ele, as declarações públicas de Bolsonaro, em que dizia jamais se submeter à prisão, reforçam o risco concreto de fuga.

Dino alertou ainda para a possibilidade de mobilização de apoiadores, como já ocorreu em episódios anteriores, a exemplo do dia 8 de janeiro de 2023. “A experiência recente demonstra que grupos mobilizados em torno do condenado podem repetir condutas semelhantes às já vistas”, escreveu.

A decisão de Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal, que identificou risco de fuga após o rompimento da tornozeleira na madrugada de sábado e a convocação de uma vigília de apoiadores, que poderia dificultar a fiscalização da prisão domiciliar. Bolsonaro está detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop

Deixe seu Comentário

Veja Também

Mais Lidas