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JUSTIÇA E POLÍTICA

STF inicia julgamento de militares acusados de integrar núcleo de desinformação do golpe

Sete réus são acusados de disseminar fake news para desestabilizar a democracia; julgamento continua dia 21

15 outubro 2025 - 15h35Raisa Toledo
STF retoma julgamento de acusados de tentar reverter eleições de 2022 com fake news
STF retoma julgamento de acusados de tentar reverter eleições de 2022 com fake news - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta terça-feira (14) o julgamento do “núcleo da desinformação”, grupo acusado de participar da tentativa de golpe de Estado para reverter o resultado das eleições de 2022. A sessão foi marcada pelas sustentações orais da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pediu a condenação dos sete réus, e das respectivas defesas.

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A análise do caso será retomada na próxima terça-feira (21), quando o relator Alexandre de Moraes deverá apresentar seu voto. A expectativa é de que o julgamento seja concluído no mesmo dia, com os votos de Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino, incluindo eventual definição das penas, caso haja condenações.

Acusação: uso de fake news para desestabilizar o país - O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que os acusados promoveram uma "operação estratégica de desinformação", disseminando mentiras para desacreditar o sistema eleitoral e as instituições democráticas. Segundo a PGR, os atos do 8 de janeiro de 2023 estão diretamente ligados à atuação desse núcleo. “A revolta popular foi consequência direta da campanha de mentiras fomentada pelo grupo”, disse Gonet.

O ministro Alexandre de Moraes reforçou, em seu relatório, que a organização criminosa era formada majoritariamente por integrantes do governo federal anterior e militares das Forças Armadas, com o objetivo de depor o governo democraticamente eleito.

Quem são os réus do núcleo 4

Ailton Moraes Barros, ex-major do Exército

Ângelo Denicoli, major da reserva

Carlos Moretzsohn Rocha, ex-presidente do Instituto Voto Legal

Giancarlo Rodrigues, subtenente e ex-servidor da Abin

Guilherme Almeida, tenente-coronel do Exército

Marcelo Bormevet, agente da Polícia Federal

Reginaldo Abreu, coronel do Exército

As defesas negaram a participação dos acusados na cadeia de comando do suposto golpe e tentaram desqualificar as provas, alegando falta de ligação direta com ações golpistas.

O STF já reconheceu os crimes no julgamento do núcleo central da trama, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com isso, a expectativa é que os julgamentos dos demais grupos sejam mais céleres. O plenário da Primeira Turma cancelou a sessão prevista para o dia 22 e deve concluir este julgamento no próprio dia 21.

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