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06 de outubro de 2025 - 18h28
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NACIONAL

STF marca julgamento de militares acusados de planejar golpe após eleições de 2022

Primeira Turma vai analisar, a partir de 11 de novembro, denúncias contra nove oficiais do Exército e um policial federal ligados a suposto plano golpista contra o resultado eleitoral

6 outubro 2025 - 15h45Rayssa Motta
Ataques
Ataques - (Foto: ABrasil)

A partir do dia 11 de novembro, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia o julgamento de dez investigados por suposta participação em um plano golpista contra o resultado das eleições presidenciais de 2022. A lista inclui nove militares do Exército e um agente da Polícia Federal, todos apontados como aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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O pedido para levar o caso a julgamento foi feito pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, e aceito por Flávio Dino, presidente da Turma.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo fazia parte do chamado “núcleo de ações coercitivas”, responsável por executar planos para reverter o resultado das urnas, que deram vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As investigações apontam que os acusados chegaram a montar estratégias de espionagem e intimidação, incluindo planos para "neutralizar" autoridades como o próprio ministro Moraes e o então presidente eleito.

Os acusados no processo:

Bernardo Romão Correa Netto (coronel do Exército)

Estevam Theóphilo (general do Exército)

Fabrício Moreira de Bastos (coronel do Exército)

Hélio Ferreira Lima (coronel do Exército)

Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel do Exército)

Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel do Exército)

Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel do Exército)

Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel do Exército)

Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (coronel do Exército)

Wladimir Matos Soares (policial federal)

Planos e articulações - Entre as ações atribuídas ao grupo, estão os projetos codinome “Punhal Verde e Amarelo”, “Operação Copa 2022” e “Operação Luneta”. As estratégias envolveriam desde tentativas de convencer o alto comando militar a aderir ao golpe, até a produção de manifestos contra o Judiciário, alegando instabilidade política no país.

O julgamento no STF marca um novo passo no processo de responsabilização dos envolvidos em movimentos antidemocráticos após as eleições.

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