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POLÍTICA

Soraya critica pressão de farmacêutica contra manipulação de tirzepatida no Brasil

Senadora defende que proibir farmácias de manipularem o remédio pode gerar monopólio e favorecer o contrabando

17 dezembro 2025 - 15h30Da Redação
Senadora Soraya Thronicke
Senadora Soraya Thronicke - (Foto: A Crítica)

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) se posicionou no plenário do Senado contra a possível proibição da manipulação da tirzepatida, substância utilizada no tratamento de diabetes e obesidade, por farmácias especializadas no Brasil. Segundo a parlamentar, a medida seria resultado de pressão de uma grande farmacêutica multinacional, interessada em manter o monopólio da venda do medicamento no país.

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Durante seu discurso, Soraya argumentou que a proposta não tem base legal e ameaça o acesso a tratamentos, ao impedir que farmácias magistralistas preparem o remédio sob prescrição individualizada. Ela citou a Lei nº 9.279/1996, que garante a manipulação de fórmulas mediante receita médica, e mencionou notas técnicas da Anvisa, que reconhecem a legalidade do processo, desde que siga os critérios de qualidade.

“A narrativa de ilegalidade é uma falácia”, afirmou Soraya, acusando a empresa detentora da patente, a Eli Lilly, de tentar sufocar o mercado de manipulação, mesmo sem ter capacidade de abastecer toda a demanda nacional.

Soraya Thronicke durante discurso no Senado; parlamentar defende liberação da manipulação da tirzepatida sob prescrição médica

A senadora também alertou que a proibição poderia empurrar pacientes para o mercado ilegal, especialmente com a entrada de produtos contrabandeados por rotas como a da fronteira com o Paraguai. “O risco não é apenas sanitário, é também econômico e social. Milhares de brasileiros ficariam sem acesso ao tratamento”, disse.

Alternativa: mais fiscalização, não proibição - Em vez de banir a manipulação da tirzepatida, Soraya defendeu o reforço na fiscalização da cadeia de produção e importação de insumos, para coibir práticas ilegais sem prejudicar o setor regular. “É aí que mora o perigo, e é para aí que nossos esforços devem se voltar”, afirmou.

Segundo a senadora, uma eventual proibição afetaria o funcionamento de farmácias de manipulação, com impacto direto no emprego e na oferta de tratamentos personalizados. Ela classificou a possível medida como “um retrocesso” e pediu o apoio dos demais senadores. “Não podemos ceder à pressão de interesses privados que visam apenas o lucro. A saúde do povo brasileiro não está à venda”, concluiu.

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