
Nesta terça-feira (09 de setembro), a Polícia Federal deflagrou a operação “Assédio”, destinada a investigar crimes de perseguição e violência política cometidos contra a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) e a deputada Silvye Alves (União-GO). Ambas receberam fotos pornográficas e foram vítimas de perseguição. Um suspeito teve sua casa vasculhada em Duque de Caxias (RJ) e está proibido de usar a internet, contatar as vítimas ou sair da região metropolitana do Rio sem autorização judicial.

Soraya, que já enfrentou ameaças de morte a si e à sua família, contou com apoio da Polícia Legislativa antes da PF assumir as investigações. A assessoria da senadora ressaltou sua confiança no trabalho da PF e afirmou que esse tipo de violência expõe práticas sexistas e criminosas contra mulheres públicas.
A parlamentar destacou que enfrentar esses crimes não é só dever das polícias. “É papel do Legislativo endurecer leis que protejam contra assédio e perseguição”, disse ela, citando a Lei do Stalking (Lei nº 14.132/2021) como exemplo de legislação eficaz.
Promulgada em março de 2021, a lei inclui no Código Penal o crime de perseguição — também chamado de stalking — com pena de seis meses a dois anos de prisão, além de multa. A punição sobe em 50% se o crime for cometido contra mulher por razão de gênero, entre outros agravantes.
A deputada Silvye Alves, em tom de alívio após a operação, comentou o impacto psicológico do assédio. “Esse abuso mexe muito com o emocional da gente... Esperamos prisão, para que o Brasil entenda: assédio não é crime banal”, afirmou.
