O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi transferido neste sábado (27) para a sede da Polícia Federal (PF), em Brasília. Ele deixou a delegacia da PF em Foz do Iguaçu (PR) às 9h20 e embarcou às 10h em uma aeronave da própria corporação, após passar a noite no local.
A transferência ocorre um dia após a prisão de Vasques no Paraguai, onde foi detido durante uma tentativa de fuga do país. Segundo as autoridades, o ex-diretor da PRF pretendia seguir para El Salvador, com escala no Panamá, mas foi interceptado por uso de documentos falsos.
Antes de cruzar a fronteira, Vasques rompeu a tornozeleira eletrônica que utilizava desde agosto de 2024, quando deixou a prisão preventiva. A fuga teve início em Santa Catarina, de onde seguiu para o território paraguaio.
No último dia 16, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Silvinei Vasques a 24 anos e seis meses de prisão. A decisão está relacionada à atuação do ex-diretor durante as eleições de 2022. De acordo com a condenação, ele teria comandado blitzes ilegais com o objetivo de dificultar o deslocamento de eleitores no Nordeste, região onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concentrava maior apoio.
Após a confirmação da fuga e da prisão de Vasques, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar de outros dez condenados envolvidos na chamada trama golpista. Além da medida, foram impostas restrições como a proibição de uso de redes sociais, contato com outros investigados, entrega de passaportes, suspensão de registros de porte de arma de fogo e restrição de visitas.
