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MALAFIA FALA SOBRE PF E MORAES

Pastor Silas Malafaia reage a mandado de busca e chama Alexandre de Moraes de "chefe da Gestapo"

Durante culto, Malafaia disse não temer prisão e reafirmou sua postura política independente.

22 agosto 2025 - 13h05Raisa Toledo
Silas Malafaia reage ao mandado de busca da Polícia Federal, faz duras críticas a Alexandre de Moraes e reafirma sua postura política independente.
Silas Malafaia reage ao mandado de busca da Polícia Federal, faz duras críticas a Alexandre de Moraes e reafirma sua postura política independente. - (Foto: Wilton Junior/Estadão)
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O pastor Silas Malafaia, alvo de mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF), afirmou nesta quinta-feira (21) que não teme uma possível prisão e fez duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, chamando-o de “chefe da Gestapo”, referência à polícia política do regime nazista. As declarações foram feitas em um culto realizado na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro.

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Malafaia foi recebido com aplausos, gritos de apoio e cartazes, como “Exemplo de coragem” e “Profeta que não se cala”. O telão exibia mensagens como “Estamos juntos, pastor” e uma bandeira do Brasil. Durante o culto, ele relembrou o apoio a diversos candidatos ao longo dos anos, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-ministro José Serra (PSDB-SP), e criticou a apreensão de seus cadernos de anotações.

O pastor afirmou que, ao tentar reter um dos volumes, o agente da PF, sob ordens de Moraes, recolheu todos os cadernos, e fez duras críticas ao que chamou de “ordem da Gestapo”. "Ele estava debaixo de ordem do chefe da Gestapo de Alexandre de Moraes, em Brasília, o delegado lá, chefe da Gestapo, porque isso não é Polícia Federal", afirmou.

Postura política e mensagens vazadas

Malafaia se defendeu de críticas sobre sua postura política e negou usar a igreja para fins partidários. “Sempre falei como cidadão, não como pastor", disse ele, relembrando sua independência política e a falta de medo frente à possibilidade de prisão. "Eu não tenho medo de ser preso e de ser retaliado", afirmou. Ele ainda disse que Moraes será julgado pelas "leis deste País ou pelas leis de Deus", e que a hora dele "vai chegar".

Sobre as mensagens trocadas com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que apareceram no relatório da PF, Malafaia afirmou que essas trocas mostram sua independência. “Não sou bolsominion, não sou puxa-saco. Critico quando tem que criticar e elogio quando tem que elogiar, meu papel é profético”, explicou, apesar de chamar o vazamento de informações de “fato lamentável”.

Essas mensagens constam em um relatório da investigação que indiciou Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por coação no curso do processo no STF, relacionado à tentativa de golpe de Estado do ex-presidente.

Líder pentecostal e conselheiro de Bolsonaro

Silas Malafaia lidera a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, uma das maiores igrejas pentecostais do Brasil, e foi um dos principais conselheiros de Bolsonaro durante seu governo. Após 2022, o pastor se tornou um dos principais organizadores dos atos em defesa do ex-presidente.

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