
Em um discurso neste sábado (7), na Avenida Paulista, em São Paulo, o pastor Silas Malafaia classificou como “fiasco” as manifestações organizadas pela esquerda no mesmo dia. Ele ironizou a escolha da data, que coincidiu com o ato convocado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em defesa da anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

“Vai marcar no mesmo dia? Pelo amor de Deus”, disse Malafaia, em tom de crítica à estratégia dos adversários políticos.
O pastor, um dos organizadores da mobilização bolsonarista na Paulista, destacou que o movimento tem como bandeira a defesa da liberdade e a pressão pela anistia no Congresso. Para ele, a força popular pode influenciar diretamente as decisões de Brasília. “Isso é forte. O povo é supremo poder, amigo; isso é constitucional”, afirmou. “O povo é o povo, cara. O poder emana do povo, não tem outra.”
Malafaia também traçou um paralelo entre a atual campanha pela anistia e a medida adotada durante a ditadura militar. Ele relembrou que o perdão concedido no final da década de 1970 incluiu guerrilheiros, sequestradores e opositores armados do regime. “A última anistia compreendeu de 1961 a 79, ok? Foi a última anistia. Para quem foi dada? Guerrilheiros assassinos, assaltantes de banco, sequestradores de embaixador... Queriam dar um golpe de Estado e estabelecer o governo proletário no Brasil. O PT lutou por isso e agora vem com essa conversa fiada?”, criticou.
Segundo Malafaia, enquanto a esquerda tenta deslegitimar o debate atual, o movimento bolsonarista cumpre um papel político importante ao manter o tema em evidência. Para ele, Executivo, Legislativo e Judiciário “se dobram ao povo” quando há mobilização massiva nas ruas.
