
Após 43 dias de paralisação, o governo dos Estados Unidos teve seu funcionamento restabelecido com a sanção, na quarta-feira (12), do projeto de lei que garante o financiamento da máquina pública até o dia 30 de janeiro. A assinatura do presidente Donald Trump encerra o mais longo shutdown da história do país.
Apesar do fim oficial, o retorno à normalidade será gradual. O sistema de aviação, por exemplo, seguirá com restrições: 40 aeroportos manterão redução de 6% no número de voos, segundo o Departamento de Transportes. Mais de 10 mil viagens já haviam sido canceladas desde o agravamento da crise.
A retomada do pagamento de benefícios sociais como o SNAP (auxílio-alimentação) também não será imediata. O Departamento de Agricultura estima até 24 horas para o restabelecimento nos estados com sistemas preparados, mas não detalhou os locais que terão mais demora.
O projeto prevê ainda o retorno de funcionários demitidos e o pagamento retroativo dos salários atrasados, amparado pela Lei de Tratamento Justo dos Funcionários Públicos. Novas demissões estão suspensas até janeiro.
A proposta aprovada pelo Congresso excluiu a renovação de um crédito tributário para planos de saúde, tema que deve voltar à pauta legislativa em dezembro.
Mesmo com a liberação dos recursos, o impacto econômico da paralisação não será totalmente revertido. O Escritório de Orçamento do Congresso calcula uma perda permanente de cerca de US$ 11 bilhões na economia americana.

