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SAÚDE MENTAL

Setembro Amarelo destaca o poder da escuta para salvar vidas, diz coordenador do CVV

Em discurso na Assembleia, Victor Yazbek defendeu diálogo como forma de acolhimento emocional; deputada Mara Caseiro reforçou importância da prevenção

9 setembro 2025 - 13h15Christiane Mesquita
Victor Yazbek e Mara Caseiro reforçam a importância da escuta e do acolhimento no Setembro Amarelo
Victor Yazbek e Mara Caseiro reforçam a importância da escuta e do acolhimento no Setembro Amarelo - Foto: Wagner Guimarães
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Durante a sessão desta terça-feira (9) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), o coordenador regional do Centro de Valorização da Vida (CVV), Victor Yazbek, destacou a importância do diálogo e da escuta empática como ferramentas fundamentais na prevenção ao suicídio. O pronunciamento, feito a convite da deputada e 3ª vice-presidente da Casa, Mara Caseiro (PSDB), integra as ações do Setembro Amarelo, campanha nacional de valorização da vida.

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“Celebramos os 11 anos do Setembro Amarelo, movimento dedicado a prevenir o suicídio e reforçar a importância de valorizar a vida. Em 2025, o CVV apresenta a campanha com o tema ‘Conversar pode mudar ideias’. A proposta é mostrar que o diálogo é uma forma poderosa de acolher quem sofre em silêncio”, afirmou Yazbek na tribuna.

Ele reforçou que o CVV atua de forma voluntária, gratuita e sigilosa, oferecendo apoio emocional a qualquer pessoa que esteja em sofrimento. O serviço está disponível 24 horas por dia, pelo telefone 188 ou pelos canais digitais no site www.cvv.org.br.

Uma escuta que acolhe

Yazbek detalhou que o atendimento prestado pelo CVV não substitui acompanhamento médico ou psicológico, mas oferece uma escuta ativa, livre de julgamentos. “Quem procura o CVV quer falar dos seus sentimentos, emoções, perdas. É um espaço onde a pessoa pode se sentir segura para se abrir. Essa escuta pode ajudar a aliviar a dor e permitir que a pessoa pense melhor sobre suas decisões. Viver é sempre a melhor opção”, pontuou.

Ele explicou que o CVV está presente em todo o Brasil, com atendimento feito por voluntários treinados, que passam por capacitação online ou presencial. “Não exigimos identificação de quem nos procura. É um diálogo sigiloso, uma relação de ajuda que pode fazer a diferença na vida de quem está em sofrimento”, disse.

Mara Caseiro cobra atenção à saúde mental

A deputada Mara Caseiro, que é autora de duas leis estaduais ligadas ao Setembro Amarelo (Leis 4.777/2015 e 6.449/2025), reforçou a importância de políticas públicas voltadas à saúde mental e valorização da vida. Ela também destacou dados alarmantes sobre suicídios no estado em 2025.

Mara é autora de duas leis que combatem o suicídio

“Esse ano, foram 211 pessoas que decidiram desistir da vida: 161 homens e 46 mulheres. Entre eles, estavam 109 adultos, 71 jovens, 9 adolescentes e 18 idosos. Esses números nos preocupam profundamente”, afirmou Mara.

Segundo a deputada, a ausência de escuta e acolhimento ainda é um fator determinante para muitos desses casos. “Muitas pessoas enfrentam a depressão e outras dores emocionais sem ter com quem conversar. Às vezes, uma simples escuta pode ser o que a pessoa precisa para encontrar uma nova perspectiva. O trabalho do CVV é de extrema importância, e buscar ajuda profissional também deve ser incentivado, sem vergonha ou tabu.”

Prevenção é compromisso coletivo

O Setembro Amarelo surgiu em 2014 como iniciativa conjunta do CVV, do Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Psiquiatria. Desde então, o movimento se espalhou por todo o país, levando a mensagem de que falar sobre saúde mental é essencial para prevenir tragédias.

Com o tema “Conversar pode mudar ideias”, a campanha de 2025 reforça que a escuta é o primeiro passo para quem precisa de apoio. A busca por profissionais como psicólogos e psiquiatras deve ser normalizada e estimulada, mas o acolhimento imediato, humano e empático continua sendo uma ferramenta valiosa.

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