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Secretários de MS voltam ao Brasil depois de ficarem presos em Israel por causa da guerra com o Irã

Secretários de Mato Grosso do Sul chegam a Campo Grande depois de ficarem presos em Israel por causa de guerra com o Irã

20 junho 2025 - 18h06Ricardo Eugenio
Aeroporto Internacional de Campo Grande, onde os secretários de Mato Grosso do Sul desembarcaram após retorno de Israel.
Aeroporto Internacional de Campo Grande, onde os secretários de Mato Grosso do Sul desembarcaram após retorno de Israel. - (Foto: Divulgação)

Os três secretários do governo de Mato Grosso do Sul que estavam presos em Israel por causa da guerra com o Irã chegaram a Campo Grande na tarde desta sexta-feira (20). Eles voltaram ao Brasil uma semana depois do início do conflito, que começou na sexta-feira passada (13).

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A comitiva foi recebida por parentes e amigos no Aeroporto Internacional de Campo Grande. Nenhum dos três quis falar com a imprensa. Eles chegaram num voo da companhia Latam, vindo de São Paulo. Antes de embarcar, uma das secretárias publicou em rede social: “Pousando em solo brasileiro. Uma grande bênção”.

Os secretários que voltaram são Ricardo Senna, da área de Ciência, Tecnologia e Inovação; Crhistinne Maymone, da Saúde; e Marcos Espíndola, que trabalha com tecnologia da informação. Todos são do governo estadual.

À esquerda, secretário Ricardo Senna no desembarque; à direita, familiares recebem a comitiva com abraços no Aeroporto de Campo Grande.
À esquerda, secretário Ricardo Senna no desembarque; à direita, familiares recebem a comitiva com abraços no Aeroporto de Campo Grande.

Cinco dias em hotel e bunker - Durante os cinco dias em que ficaram em Israel, o grupo alternou a estadia entre o hotel e um bunker — local usado como abrigo em situações de emergência. Eles relataram momentos de medo, especialmente à noite, quando as sirenes tocavam para alertar sobre possíveis ataques.

Na quarta-feira (18), eles cruzaram a fronteira de Israel para a Jordânia por terra, com apoio de autoridades israelenses. De lá, embarcaram num voo comercial que passou por São Paulo antes de chegar a Campo Grande.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o secretário Ricardo Senna resumiu a sensação do grupo: “O pesadelo acabou”.

Missão oficial virou drama - O grupo estava em missão oficial representando o governo de Mato Grosso do Sul na Expo Muni e no Consórcio Brasil Central — eventos que discutem temas como cidades inteligentes e cooperação entre estados. A viagem, que deveria ser institucional, virou uma corrida para sair do país em segurança.

Além dos três secretários sul-mato-grossenses, outras dez autoridades brasileiras estavam no mesmo voo, incluindo o governador de Rondônia, Marcos Rocha, e secretários do Distrito Federal e de Goiás.

Todos saíram da Jordânia porque o espaço aéreo de Israel continua fechado por causa da guerra.

Itamaraty monitora a situação - O Ministério das Relações Exteriores informou que ainda acompanha a situação de 56 brasileiros que estão em missão religiosa na Galileia, além de outros turistas que procuraram ajuda para sair da região.

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, acompanha de perto o caso. O Itamaraty não descarta organizar um voo de resgate, caso as condições de segurança permitam.

Mesmo sem dar detalhes, o governo brasileiro afirmou que segue em contato com países vizinhos para garantir a saída de todos os brasileiros que ainda estão na região afetada pelo conflito. Eles devem retomar suas atividades nos próximos dias.

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