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DISPUTA

Câmara de Campo Grande volta a debater exclusão de atletas trans após veto da prefeitura

Parlamentar defende projeto que barra pessoas trans no esporte feminino por critério biológico

16 outubro 2025 - 15h52Ricardo Eugenio
André Salineiro defende projeto que define sexo biológico como critério em esportes femininos e promete lutar contra veto da prefeitura.
André Salineiro defende projeto que define sexo biológico como critério em esportes femininos e promete lutar contra veto da prefeitura. - (Foto: Izais Medeiros)

Na tribuna da Câmara de Campo Grande, o vereador André Salineiro (PL) se colocou novamente em defesa de uma causa que diz respeito diretamente às mulheres: o direito de competir em igualdade nas modalidades esportivas femininas. Ele é coautor do Projeto de Lei nº 11.526/25, que define o sexo biológico como critério para participação em competições oficiais destinadas ao público feminino.

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A proposta foi aprovada por ampla maioria em setembro, com 19 votos favoráveis, mas acabou vetada pela prefeitura. Agora, o projeto retorna ao plenário, onde Salineiro promete lutar para que vire lei. “Essa é uma demanda das próprias atletas. Estamos aqui para representá-las”, disse o vereador, no dia 16 de outubro, durante sessão ordinária.

A proposta surgiu após um caso envolvendo o time de futebol feminino Leoas, que recusou-se a entrar em campo contra uma equipe com atletas trans. O episódio repercutiu dentro e fora do Legislativo e foi o estopim para a construção do projeto, que tem como objetivo principal preservar a integridade física e a competitividade justa entre mulheres.

“O que está em jogo é a segurança e o respeito às mulheres que treinam e se dedicam ao esporte. A ciência mostra que há diferenças biológicas relevantes, e isso precisa ser levado em conta”, afirmou Salineiro, citando exemplos internacionais como o da lutadora Fallon Fox e da esgrimista Stephanie Turner, que também levantaram esse debate em suas modalidades.

O projeto é assinado também pelos vereadores Rafael Tavares (PL), Ana Portela (PL), Herculano Borges (Republicanos), Wilson Lands (Avante) e Leinha (Avante). Para todos eles, o foco é proteger as atletas sem impedir que pessoas trans tenham espaço em competições específicas.

Com o veto do Executivo, cabe agora aos parlamentares decidir se mantêm ou derrubam a decisão. Para Salineiro, é mais que uma questão de política: é uma resposta direta ao apelo de mulheres que pedem condições iguais para competir. “Vamos seguir firmes, com responsabilidade e respeito, defendendo o esporte feminino”, concluiu.

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