
A sabatina marcada para 10 de dezembro, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, para avaliar a nomeação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF), foi suspensa pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre. A decisão se baseia na ausência da mensagem oficial do Executivo, documento fundamental para a formalização da indicação.
Segundo Alcolumbre, apesar de a nomeação já ter sido publicada no Diário Oficial da União, o envio da mensagem escrita é procedimento obrigatório e sua falta inviabiliza a realização da sabatina conforme o regimento interno do Senado. Ele qualificou a falha como “grave e sem precedentes”, afirmando que manter o calendário correria risco de vício processual.
Com a suspensão, o relatório do senador Weverton Rocha será reavaliado, e a votação da indicação ficou sem nova data definida. A postergação favorece o governo federal e o próprio Messias, que pressentiam dificuldade rápida de obter apoio de todos os senadores. A prorrogação concede mais tempo para conversas individuais — tradicionalmente conhecidas como o “beijamão” — com parlamentares de todo o Senado.
Além disso, a pausa acende o alerta sobre os procedimentos administrativos do Executivo: a nomeação se tornou pública, mas sem o envio formal da mensagem, o processo legislativo não prospera. A interrupção reforça que o rito institucional tem precedência às pressões políticas.

