O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta terça-feira, 2, que os brasileiros esperam que os responsáveis pela tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 sejam devidamente julgados. A definição sobre o futuro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados começou a ser tomada nesta terça-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
"É evidente que o País quer que as pessoas sejam julgadas pelos crimes que cometeram. Não é possível tramar a morte de um presidente e vice-presidente eleitos, tentar matar ministros do Tribunal Superior Eleitoral, e sair impune", declarou Rui Costa em entrevista à rádio Valença FM, da Bahia.
O ministro destacou a importância de punir os envolvidos na tentativa de golpe, afirmando que "a impunidade é irmã gêmea da criminalidade". "Toda vez que a impunidade aumenta, ela incentiva mais crimes, pois as pessoas acham que não serão responsabilizadas", completou.
Além disso, Rui Costa criticou as declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que afirmou, em entrevista ao Diário do Grande ABC, que não confiava na Justiça e que, caso fosse presidente, sua primeira medida seria garantir o indulto a Bolsonaro. Para Rui, a fala foi "lamentável e triste".
"Lamentável e triste ver um governador de um Estado que foi empossado pela Justiça dizer que não confia nela. Esse tipo de atitude é um retrocesso em qualquer democracia. Se não há lei, não há Justiça, e aí vale tudo", afirmou o chefe da Casa Civil.
Rui Costa também fez uma análise sobre a promessa de anistia a Bolsonaro, dizendo que Tarcísio já considera que o ex-presidente tentou corromper a democracia e que a proposta de indulto seria rejeitada pela população.
