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POLÍTICA

Marco Rubio ameaça novas sanções ao Brasil após condenação de Bolsonaro

Secretário de Estado dos EUA diz que julgamento do ex-presidente faz parte de "opressão judicial" e promete anúncio de medidas na próxima semana.

15 setembro 2025 - 16h00Aline Bronzati, correspondente
Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, falou sobre as discussões em andamento sobre novas sanções contra a Rússia e possíveis anúncios a serem feitos em breve.
Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, falou sobre as discussões em andamento sobre novas sanções contra a Rússia e possíveis anúncios a serem feitos em breve. - Foto: Reprodução
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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, voltou a criticar o Judiciário brasileiro e ameaçou novas sanções contra o Brasil após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista à Fox News nesta segunda-feira (15), Rubio classificou o julgamento como parte de uma “campanha crescente de opressão judicial” e prometeu que Washington reagirá.

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“Haverá uma resposta dos EUA a isso. Teremos alguns anúncios na próxima semana ou algo assim sobre quais medidas adicionais pretendemos tomar”, afirmou. Ele não detalhou quais serão as sanções, mas disse que o Estado de Direito no Brasil está se deteriorando, acusando “juízes ativistas” de perseguirem não apenas Bolsonaro, mas também cidadãos e empresas norte-americanas.

Na semana passada, Rubio já havia usado as redes sociais para chamar a condenação de Bolsonaro de “caça às bruxas” e prometeu uma reação. Ele citou nominalmente o ministro do STF Alexandre de Moraes, a quem chamou de “violador de direitos humanos sancionado”.

Entre as possíveis medidas em estudo, segundo fontes em Washington, estão:

extensão da Lei Magnitsky para atingir outros ministros que votaram pela condenação e seus familiares,

suspensão de vistos,

e tarifas secundárias sobre o Brasil por causa da compra de petróleo russo.

De acordo com essas mesmas fontes, Viviane Barci Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, poderá ser incluída em breve na lista de sanções da Lei Magnitsky.

A nova escalada de tensões ocorre às vésperas da Assembleia Geral da ONU, que terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Nova York. O episódio aumenta a pressão sobre as relações entre os governos de Donald Trump e do Brasil.

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