Na segunda-feira (22), o deputado estadual Roberto Hashioka esteve em São Paulo para participar da palestra “Comércio com o Mercado Asiático e Rota Bioceânica”, organizada pelo Consulado-Geral do Japão em São Paulo com apoio do Governo de Mato Grosso do Sul, na Japan House São Paulo. O evento reuniu empresários japoneses e brasileiros em torno das oportunidades logísticas e de exportação que a Rota Bioceânica oferece.
“Acompanhei o governador, excelente técnico e gestor, que com seu conhecimento explanou sobre a importância da Rota Bioceânica para Mato Grosso do Sul e para o Brasil, apresentando todas as potencialidades do nosso Estado. Posso assegurar que nos representou muito bem para os possíveis investidores japoneses”, disse Hashioka.
Também estiveram presentes no evento Carlos Roza (presidente da JHSP), Toru Shimizu (cônsul-geral do Japão) e Samo Tossati (chefe da Assessoria Internacional do Governo de São Paulo).
Rota Bioceânica: status das obras
A Rota Bioceânica, ou Corredor Rodoviário de Capricórnio, liga o Brasil ao Paraguai, Argentina e Chile, conectando os oceanos Atlântico e Pacífico. Em Mato Grosso do Sul, a ponte internacional sobre o rio Paraguai, ligando Porto Murtinho (MS) ao município paraguaio de Carmelo Peralta, é o elemento-chave desse corredor logístico.
Fontes oficiais estaduais estimam que:
A ponte tem 1.294 metros de extensão e cerca de 21 metros de largura.
As obras da ponte estão com 75% de execução concluídas.
Os acessos rodoviários à ponte, de 13,1 km, têm cerca de 17% concluídos.
A previsão de conclusão da ponte e dos acessos integrais é para o segundo semestre de 2026.
Além disso, há previsão de instalação de infraestrutura alfandegária integrada nos dois lados da ponte, o que facilitará o trânsito de mercadorias entre os países limítrofes.
Potenciais e desafios
A construção da ponte e dos acessos é vista como estratégica para:
reduzir tempo e custo de transporte de produtos exportados pelo Centro-Oeste brasileiro rumo aos portos do Pacífico;
abrir novas rotas de comércio com a Ásia; prova disso é o interesse de investidores estrangeiros, como os japoneses presentes no evento.
melhorar a competitividade de produtores locais de MS, especialmente do agronegócio.
Por outro lado, há desafios a superar
conclusão de todas as obras de acesso até 2026;
adequação da infraestrutura aduaneira e logística nos dois países;
mobilização de investimentos complementares para garantir fluidez no corredor;
necessidade de planejamento institucional, normas, regulação e cooperação transfronteiriça.
O evento em São Paulo reforçou a articulação institucional que já existe entre Mato Grosso do Sul, o governo federal e parceiros internacionais para tornar a Rota Bioceânica uma realidade concreta. Com obras avançadas e interlocução com investidores, o MS se coloca em posição estratégica de integração logística. Se mantidos os prazos, a ponte e seus acessos poderão ratificar esse corredor como rota alternativa relevante no comércio internacional dentro de poucos anos.
