O Governo de Mato Grosso do Sul se prepara para uma nova oportunidade de tirar do papel um dos maiores projetos rodoviários do estado: a Rota da Celulose. O leilão para concessão de 870 km de rodovias será realizado no dia 8 de maio, na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), e o governador Eduardo Riedel está otimista. Desta vez, ele acredita que haverá uma boa disputa entre os grupos interessados.
Segundo Riedel, o ambiente está mais favorável. “A movimentação do mercado é positiva. Eles estão estudando, estão perguntando. Se tiver três ou quatro propostas, já vai ter briga no leilão”, afirmou.
A entrega dos envelopes com as propostas será no dia 5 de maio, em evento técnico e fechado. Já o leilão, no dia 8, será transmitido ao vivo, com a presença do governador e da equipe do governo estadual na sede da B3.
A primeira tentativa de concessão, feita no final de 2024, acabou não avançando. Desde então, o edital foi revisado e ajustado, tornando o projeto mais atrativo para investidores.
A Rota da Celulose abrange trechos das rodovias BR-262, BR-267, MS-040, MS-338 e MS-395, passando por nove municípios. O plano é facilitar o escoamento da produção de celulose e fortalecer a ligação do estado com mercados internacionais por meio do futuro Corredor Bioceânico, rota que conectará o Brasil aos portos do Chile, via Paraguai e Argentina.
O projeto prevê investimentos de R$ 6 bilhões em obras de infraestrutura e R$ 3 bilhões em custos operacionais ao longo de 30 anos. Entre as melhorias estão a duplicação de 116 km de rodovias e a manutenção de todo o trecho concedido.
Para o secretário de Governo, Rodrigo Perez, a expectativa também é positiva. “Temos informações de que há técnicos no trecho, fazendo medições. Isso mostra que o mercado está interessado”, disse. Segundo ele, de três a seis grupos estariam avaliando o projeto, ainda que de forma discreta.
A concessão será fiscalizada por uma agência estadual e é considerada uma das principais apostas da gestão Riedel para melhorar a logística, atrair investimentos e dar mais competitividade à produção de Mato Grosso do Sul.
