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REAÇÕES POLÍTICAS

Políticos reagem a medidas cautelares de Moraes contra Marcos do Val, com críticas e apoio pela ação

Oposição no Senado discute reverter as medidas, enquanto governistas defendem a ação como necessária para garantir a democracia

4 agosto 2025 - 16h35Karina Ferreira
Reações políticas intensas à imposição de medidas cautelares contra Marcos do Val, com a oposição no Senado buscando reverter as ações e os governistas defendendo a decisão como necessária para a democracia.
Reações políticas intensas à imposição de medidas cautelares contra Marcos do Val, com a oposição no Senado buscando reverter as ações e os governistas defendendo a decisão como necessária para a democracia. - (Foto: Wilton Junior/Estadão)

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de aplicar medidas cautelares ao senador Marcos do Val (Podemos-ES) gerou uma onda de reações no cenário político, com discursos de apoio e críticas acirradas, especialmente no Senado. As medidas incluem o uso de tornozeleira eletrônica, cancelamento do passaporte diplomático, bloqueio de contas bancárias e restrições de liberdade, como o recolhimento noturno. Essas ações estão relacionadas às investigações de Marcos do Val sobre sua possível participação em um grupo que promovia ataques à Polícia Federal e tentava anular as eleições de 2022.

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Reações da oposição e defesa de Mourão e Flávio Bolsonaro

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente na gestão Bolsonaro, foi um dos principais defensores de Marcos do Val. Para ele, as medidas são "humilhantes" e "restritivas da liberdade", comparando o caso com o precedente de Aécio Neves (PSDB-MG), que foi beneficiado com a revogação de medidas cautelares em 2017. Mourão afirmou que, assim que o Senado for notificado formalmente, será solicitado o relaxamento das medidas, argumentando que elas equivalem a uma prisão em flagrante.

Flávio Bolsonaro (PL-RJ), também defensor de Marcos do Val, afirmou que o senador pode contar com ele para "derrubar as arbitrariedades no plenário do Senado". O senador compartilhou uma nota de repúdio, liderada por Rogério Marinho (PL-RN), destacando que as medidas prejudicam o exercício do mandato e afetam a autoridade do Senado como instituição democrática. Eles também anunciaram que irão procurar o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para solicitar uma posição institucional sobre o caso.

Críticas ao governo e defesa da democracia

Por outro lado, políticos da base governista elogiaram as medidas impostas pelo STF. O presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT), defendeu que as ações de Moraes são "justiça contra quem tenta sabotar a democracia", fazendo referência aos vídeos que Marcos do Val publicou desafiando o ministro. Freixo ainda relembrou a frase dita por Do Val em agosto do ano passado, quando o senador falou sobre um possível "fim trágico" para Moraes, algo que, para Freixo, se concretizou com a imposição da tornozeleira eletrônica.

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) também se manifestou comparando a medida aplicada a Marcos do Val com as restrições impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em uma analogia com o uso da tornozeleira. Hilton comentou ainda sobre o comportamento de Marcos do Val, insinuando que o senador teria resistido à medida, descrevendo-o como alguém "fazendo chilique" durante a abordagem da Polícia Federal.

Polarização e tensão no Senado

O clima político em torno de Marcos do Val e das medidas cautelares de Moraes se reflete em uma divisão ainda mais evidente no Senado, com a oposição buscando uma maneira de reverter as ações e a base governista defendendo a independência do Judiciário e a garantia da democracia. A tensão sobre o assunto promete seguir como um tema central nas discussões políticas do momento.

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