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24 de outubro de 2025 - 11h54
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POLÍTICA

PCC planejava matar promotor e diretor de presídios em nova trama descoberta pelo MP

Facção mapeou rotina de autoridades e chegou a fotografar carro da esposa de um dos alvos; investigações expõem estrutura de célula treinada para executar atentados

24 outubro 2025 - 09h10Redação*
Combo com promotor Lincoln Gakiya e diretor de presídios Roberto Medina
Combo com promotor Lincoln Gakiya e diretor de presídios Roberto Medina - (Foto: Stephanie Fonseca/Estadão/Repro)

O Primeiro Comando da Capital (PCC) voltou a colocar em risco a vida de autoridades que atuam diretamente contra a organização criminosa. Nesta sexta-feira (24), a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo deflagraram uma nova operação para desarticular o núcleo responsável pelo planejamento de atentados.

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Entre os alvos da facção estavam o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, de Presidente Prudente, e o diretor de presídios Roberto Medina. Os dois são considerados “cadáveres excelentes” pelo grupo criminoso — expressão usada para definir vítimas de alto impacto.

Gakiya é uma das figuras mais proeminentes no combate ao crime organizado, com mais de duas décadas de atuação no Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Já Medina é coordenador das penitenciárias da região oeste paulista, onde estão presos diversos chefes do PCC.

De acordo com o Ministério Público, os criminosos chegaram a monitorar a esposa de Medina e fotografaram seu carro. No celular de um dos investigados, a polícia encontrou imagens com mapas de georreferenciamento de locais estratégicos, incluindo a sede do MP em Presidente Prudente.

Também foram localizadas mensagens sobre a compra de fuzis, reforçando o nível de organização e periculosidade do grupo.

As investigações apontam que o plano foi montado com uma estrutura compartimentada: cada integrante tinha uma tarefa específica e não conhecia o todo, dificultando a identificação do plano.

Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, os responsáveis por esse tipo de ação fazem parte de uma célula chamada “Restrita Tática”, especializada em atentados.

“Esses indivíduos são treinados para realizar atentados contra autoridades. Passam por treinamento com diversos armamentos. Não podemos subestimar essa organização criminosa”, afirmou Derrite em coletiva anterior.

A operação reforça o alerta sobre a ousadia e o nível de ameaça representado pela facção, que segue articulando atentados mesmo com suas lideranças isoladas em presídios de segurança máxima.

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