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12 de dezembro de 2025 - 13h58
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OPERAÇÃO FEDERAL

Alvo da PF, assessora era apontada como "gerente" do orçamento secreto na gestão Arthur Lira

Mariângela Fialek, conhecida como Tuca, foi braço-direito de Lira na Câmara e teve gabinete alvo de busca

12 dezembro 2025 - 11h50Redação
Polícia Federal cumpriu mandado de busca em gabinete usado por Mariângela Fialek na Câmara dos Deputados
Polícia Federal cumpriu mandado de busca em gabinete usado por Mariângela Fialek na Câmara dos Deputados - (Foto: Reprodução/Linkedn)

Conhecida entre parlamentares como Tuca, a assessora Mariângela Fialek, alvo de uma operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (12), era considerada uma espécie de “gerente” do orçamento secreto durante a gestão do deputado Arthur Lira (PP-AL) na Presidência da Câmara dos Deputados.

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Servidora comissionada, Mariângela foi assessora técnica da Presidência da Câmara enquanto Lira comandava a Casa. Atualmente, segundo informações do portal da Câmara dos Deputados, ela está lotada na liderança do PP. O Estadão informou que tenta contato com a defesa da assessora.

Nos bastidores do Congresso, Mariângela era apontada como braço-direito de Arthur Lira na operacionalização das emendas parlamentares. Durante o período do chamado orçamento secreto, diversos ofícios de deputados e senadores solicitando a alteração da destinação de recursos eram encaminhados diretamente a ela, e não ao relator-geral do Orçamento.

Antes de chegar à Câmara, em março de 2021, Mariângela Fialek construiu carreira em diferentes governos e gabinetes. Ela já trabalhou com o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR), atuou na Secretaria de Governo da Presidência da República durante a gestão de Michel Temer (2016–2018) e, no governo Jair Bolsonaro, integrou o Ministério do Desenvolvimento Regional, na administração do então ministro Rogério Marinho.

A investigação que resultou na operação da Polícia Federal teve início a partir de um depoimento do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que acusou Arthur Lira de manipular o esquema do orçamento secreto, revelado em reportagens do Estadão. O deputado José Rocha (União-BA), ex-presidente da Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, também prestou depoimento à PF.

Nesta sexta-feira, policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão em Brasília. Um deles foi executado no gabinete de trabalho utilizado por Mariângela Fialek na Câmara dos Deputados. De acordo com a investigação, são apurados os crimes de peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção.

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