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24 de setembro de 2025 - 19h37
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POLÍTICA

PT critica relator e vê risco de Bolsonaro ter pena reduzida em até 11 anos com PL da Dosimetria

Lindbergh Farias diz que proposta interfere em julgamento em curso; votação pode afetar projeto do Imposto de Renda

24 setembro 2025 - 16h40Victor Ohana e Pepita Ortega
Câmara discute PL da Dosimetria, que pode reduzir penas de condenados por atos golpistas e afetar julgamento de Bolsonaro.
Câmara discute PL da Dosimetria, que pode reduzir penas de condenados por atos golpistas e afetar julgamento de Bolsonaro. - Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou nesta quarta-feira (24) que o relator do projeto conhecido como PL da Dosimetria, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), mencionou de forma explícita a possibilidade de reduzir penas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em até 11 anos.

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Segundo Lindbergh, em reunião com a bancada petista, Paulinho apresentou versões de texto que diminuem a punição para crimes como golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

“Ele foi sincero, falou abertamente em redução de penas para Jair Bolsonaro. (...) Golpe de Estado cairia para dois a seis anos. É menos que roubo de celular. É menos que crimes patrimoniais”, criticou o petista.

PT contra revisão de penas

O partido reforçou posição contrária tanto ao projeto de anistia ampla quanto à redução de penas dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Lindbergh avaliou que a proposta representa uma “interferência concreta num julgamento em curso”, ainda pendente de acórdãos e embargos no STF.

Além disso, o líder petista alertou que a inclusão da pauta pode travara votação do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil, marcada para 1º de outubro.

“Se a gente tumultua colocando esse tema, a chance de não votar o Imposto de Renda é grande”, afirmou.

Relator defende votação rápida

Paulinho da Força, por sua vez, disse que ainda faz reuniões com líderes partidários e que a votação pode ocorrer já na próxima terça-feira (30).

“Tudo leva a crer que é possível votar na próxima terça. Acho até que, se não votar isso, não vai votar IR”, declarou.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), será o responsável por decidir se a proposta entrará ou não na pauta.

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