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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Projeto cria protocolo de acolhimento a mulheres vítimas de violência em MS

Proposta apresentada por Gleice Jane prevê identificação precoce, escuta qualificada e encaminhamento seguro em estabelecimentos públicos e privados

9 dezembro 2025 - 16h55Christiane Mesquita
Projeto prevê que estabelecimentos exibam aviso visível ao público ao aderirem ao Protocolo Círculo do Cuidado.
Projeto prevê que estabelecimentos exibam aviso visível ao público ao aderirem ao Protocolo Círculo do Cuidado. - Foto: Luciana Nassar

O enfrentamento à violência doméstica pode ganhar um novo instrumento em Mato Grosso do Sul. A deputada Gleice Jane (PT) apresentou, nesta terça-feira (9), o Projeto de Lei 323/2025, que institui o Protocolo Círculo do Cuidado como mecanismo de acolhimento e orientação a mulheres em situação de violência. A proposta segue agora para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).

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Diferente de ações restritas às instituições públicas, o protocolo poderá ser adotado de forma voluntária também por estabelecimentos privados. A ideia é ampliar os pontos de escuta e apoio, permitindo que mais mulheres tenham acesso rápido a orientação segura. Locais que aderirem deverão informar o público com aviso visível: “Este estabelecimento adota o Protocolo Círculo do Cuidado de enfrentamento à violência doméstica e acolhimento das vítimas”.

O projeto estrutura ações para identificar sinais de violência ainda nos primeiros atendimentos, capacitar profissionais para escuta qualificada, integrar serviços de saúde, assistência social e justiça e garantir que mulheres sejam encaminhadas com sigilo às redes de proteção. A proposta também reforça o papel de Agentes Comunitários de Saúde e equipes de atenção primária nesse acompanhamento.

Ao justificar a iniciativa, Gleice Jane destaca o cenário crítico no Estado. “Somente neste ano, 39 mulheres foram vítimas de feminicídio. Esse número escancara o descontrole da violência de gênero e reafirma a necessidade de políticas públicas estruturadas”, afirmou. Para a deputada, o protocolo transforma qualquer espaço — público ou privado — em potencial ponto de acolhimento. “Protocolos como este reduzem o improviso e garantem que cada mulher seja atendida com dignidade, preparo técnico e sensibilidade”, completou.

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