Grupo Feitosa de Comunicação
(67) 99974-5440
(67) 3317-7890
19 de novembro de 2025 - 14h57
refis
PROJETO DE LEI

Projeto proíbe venda de tilápia sem comprovação de origem em Mato Grosso do Sul

Proposta de Roberto Hashioka busca proteger cadeia produtiva local e evitar riscos sanitários com pescados de origem duvidosa

19 novembro 2025 - 11h49Christiane Mesquita
Matéria que protege o consumidor foi apresentada pelo deputado Roberto Hashioka
Matéria que protege o consumidor foi apresentada pelo deputado Roberto Hashioka - (Foto: Luciana Nassar)

Está em tramitação na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) o Projeto de Lei 304/2025, que proíbe a importação e a comercialização de tilápia sem origem comprovada no estado. A proposta é de autoria do deputado estadual Roberto Hashioka (União) e segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).

Canal WhatsApp

Se aprovada, a nova legislação vedará a entrada, distribuição e venda de tilápia de origem duvidosa, em qualquer formato — seja in natura, resfriada, congelada, filetada ou processada. Pelo texto, será considerada de origem duvidosa toda tilápia que não possua documentação fiscal, sanitária e de rastreabilidade emitida por produtor ou fornecedor brasileiro.

Regras para comercialização - O projeto estabelece que todos os estabelecimentos comerciais deverão manter junto ao produto a documentação que comprove a origem legal da tilápia. Entre as exigências, estão:

  • Identificação do produtor ou processador nacional

  • Certificação sanitária emitida por órgão de inspeção competente

  • Informação sobre o lote, data de processamento e rastreabilidade

A medida visa assegurar que apenas produtos inspecionados e rastreados, conforme as normas brasileiras de segurança alimentar, circulem no território sul-mato-grossense.

Proteção à economia local - Hashioka argumenta que a proposta é uma forma de proteger a cadeia produtiva local da tilapicultura e coibir práticas comerciais desleais, como o dumping — quando produtos estrangeiros são vendidos a preços abaixo do custo de produção para inviabilizar a concorrência nacional.

“A entrada de tilápia de origem duvidosa, muitas vezes ofertada a preços inferiores aos custos locais, representa risco à livre concorrência saudável”, justificou o parlamentar. Segundo ele, produtos sem procedência confiável também podem colocar em risco a saúde pública, ao não seguirem os padrões sanitários exigidos.

Além da questão econômica, o projeto também se justifica por aspectos ambientais e de proteção ao consumidor, reforçando a importância da rastreabilidade no setor alimentício.

A tilápia é um dos peixes de água doce mais consumidos no Brasil e tem importância crescente na economia do Mato Grosso do Sul, especialmente no interior do estado, onde a piscicultura se consolida como atividade estratégica.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop

Deixe seu Comentário

Veja Também

Mais Lidas