
Desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a cumprir prisão domiciliar, na última segunda-feira (4), a rotina no condomínio Solar de Brasília, onde mora, mudou completamente. Vizinhos relatam transtornos provocados pelo aumento da segurança, pela presença constante de jornalistas e pelas manifestações contra e a favor do ex-chefe do Executivo.

Uma moradora chegou a descrever a volta para casa como “uma aventura” em vídeo publicado nas redes sociais. O local tem recebido buzinaços, gritos de protesto — como o coro de “Fora, Bolsonaro” — e trânsito intenso nas imediações.
Trânsito e bloqueios
Os bloqueios de acesso ao condomínio se intensificam quando Bolsonaro recebe visitas de aliados, como os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Moradores afirmam que, em alguns casos, não conseguem chegar em casa nem mesmo após as 23h.
Nota do condomínio
Em comunicado divulgado na quarta-feira (6), a administração do Solar de Brasília afirmou apoiar a liberdade de expressão e destacou que a Polícia Militar do Distrito Federal atua para proteger tanto os moradores quanto os próprios manifestantes.
Reclamações internas
Mensagens obtidas pelo jornal O Tempo mostram vizinhos insatisfeitos com a situação. Em um dos comentários no grupo de WhatsApp do condomínio, um morador ironizou:
“Podia levar para a Papuda.”
A prisão domiciliar de Bolsonaro foi determinada após o Supremo Tribunal Federal entender que ele violou medidas cautelares anteriormente impostas.
